Se depender de retrospecto, o cenário no Mineirão é bastante positivo para o Atlético em partidas pela Libertadores. O time estreia amanhã no Gigante da Pampulha, às 19h15, diante do Cerro Porteño. Em 19 partidas no principal palco do futebol mineiro pelo torneio, o Galo só saiu derrotado uma vez, vencendo nove e empatando também nove.
O confronto desta quarta-feira de cinzas não será inédito para o Galo no estádio. Os times já se enfrentaram duas vezes, ambas pela Libertadores: 1 a 1 em 1972 e 2 a 2 em 1981. Além dos paraguaios, em casa o Galo enfrentará Zamora-VEN, em 3 de abril, uma quarta-feira, e Nacional-URU, em 23 de abril, uma quinta-feira.
Lá, a única derrota alvinegra pela competição foi na edição de 1978, quando foi superado pelo Boca Juniors por 2 a 1, em jogo disputado em 24 de setembro daquele ano. O confronto valeu pela semifinal, em forma de triangular, que teve o time xeneize à frente de River Plate e do alvinegro, ambos eliminados.
Como mandante, o Atlético jogou no Mineirão pela última vez em um compromisso pela Libertadores. E o resultado foi frustrante: empate sem gols com o Jorge Wilstermann, no duelo da volta das oitavas de final, em 2017. Com mais de 36 mil torcedores presentes, o Galo acabou eliminado.
GLÓRIA Em compensação, ali foi o palco da maior conquista da história atleticana.
“Atuar no Mineirão é sempre bom. É um estádio no qual o Atlético tem conquistas importantes recentes e que tem a história ligada ao clube. O Atlético construiu identidade forte com o Independência, mas a história do clube passa pelo Mineirão”, afirma Victor. Para ele, comparado ao Horto, não representaria refresco da torcida aos visitantes.
Ele avalia que, embora a maior parte dos jogadores conheça o campo, há necessidade de treinos como o de ontem. “O gramado é mais rápido que o do Independência. É importante a adaptação”, defende.
Em sua análise, mostrou que o grupo estudou bem o adversário: “O Cerro é equipe tradicional, com jogadores experientes, alguns até jogaram contra nós, de muito vigor físico. Tem atletas de velocidade na frente, tem bom contra-ataque, boa bola parada”. Mas apesar de defender o respeito, pregou que o Atlético dite o ritmo. “A gente gosta de propor o jogo e não podemos abdicar disso. Então, temos de encontrar o equilíbrio defensivo para desempenhar também o futebol que é característico da nossa equipe”.
O alvinegro no Mineirão
19
Jogos
9
Vitórias
9
Empates
1
Derrota
35
Gols a favor
13
Gols contra
1972
Atlético 2 x 2 São Paulo
Atlético 1 x 1 Cerro Porteño-PAR
Atlético 0 x 0 Olimpia-PAR
1978
Atlético 1 x 1 São Paulo
Atlético 5 x 1 Unión Española-CHI
Atlético 2 x 0 Palestino-CHI
Atlético 1 x 2 Boca Juniors-ARG
Atlético 1 x 0 River Plate-ARG
1981
Atlético 2 x 2 Flamengo
Atlético 1 x 0 Olimpia-PAR
Atlético 2 x 2 Cerro Porteño-PAR
2000
Atlético 1 x 0 Bolivar-BOL
Atlético 2 x 1 Bella Vista-URU
Atlético 6 x 0 Cobreloa-CHI
Atlético 1 x 0 Atlético-PR
Atlético 1 x 1 Corinthians
2013
Atlético 2 x 0 Olimpia-PAR
2016
Atlético 4 x 0 Melgar-PER
2017
Atlético 0 x 0 Jorge Wilstermann-BOL
Brasileiros em campo
Na abertura da fase de grupos da Libertadores, dois times brasileiros – Flamengo e Athletico – estreiam hoje.
A cidade de Oruro é a de maior altitude entre os clubes desta competição. O sorteio ainda reservou para o Flamengo um outro desafio em cidades de ar rarefeito. O time carioca terá de enfrentar a LDU de Quito, no Equador, cidade a cerca de 2,8 mil metros acima do nível do mar e com condições também complicadas para a equipe, o que interfere também na velocidade da bola.
Para tentar minimizar os efeitos da altitude, o rubro-negro carioca viajará apenas hoje de Santa Cruz de la Sierra, cidade boliviana ao nível do mar, e planeja chegar a Oruro apenas na hora do compromisso. Porém, como o regulamento da competição exige que o time visitante esteja na cidade no mínimo seis horas e meia antes do começo do jogo, a comissão técnica teme que os jogadores possam se sentir mal.
Já o Athletico encara o Tolima-COL, às 21h30, em Ibagué. O time terá dois desfalques: Jonathan
se recupera de lesão na coxa e a opção do técnico Tiago Nunes é Madson. Emprestado pelo Grêmio, o lateral-direito jogou como titular em dois amistosos, contra General Díaz e Guaraní.
Sem o meia-atacante Lucho González, que segue aprimorando a parte física, há mistério entre Camacho e Wellington. “Na minha cabeça o time já está pronto desde o início da última semana, direcionando para a equipe que vai jogar”, disse o treinador.
Outras partidas de hoje: 19h15, Melgar-PER x San Lorenzo-ARG (do grupo do Palmeiras) e Godoy Cruz-ARG x Olimpia; 21h30, Jorge Wilstermann-BOL x Boca Juniors-ARG e Libertad-PAR x Universidad Católica-CHI (da chave do Grêmio).