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Troféu centenário para lenda suíça

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O suíço Roger Federer ganhou ontem em Dubai o 100º título de sua carreira ao vencer o grego Stefanos Tsitsipas, que havia derrotado a lenda do esporte nas oitavas de final do último Aberto da Austrália. “Amo cada minuto da minha carreira, ganhar 100 troféus é um sonho que virou realidade”, disse. O triunfo na decisão aconteceu sobre um rival 17 anos mais novo, em um legítimo duelo de gerações.

Federer, que venceu com um duplo 6-4, aos 37 anos se torna o segundo jogador da era moderna do tênis (desde 1968) a alcançar os 100 títulos, depois do americano Jimmy Connors (109). Ele é ainda o atual recordista tanto no número de semanas na primeira posição (310) quanto na quantidade de troféus de Grand Slam (20).

Sétimo no ranking da ATP, buscava a marca já no fim de 2018, quando foi eliminado nas semifinais do Masters 1000 Paris-Bercy por Novak Djokovic, no game decisivo do último set, e no Masters de Londres, batido também nas semifinais por Alexander Zverev, que depois seria o campeão.

Para ganhar pela oitava vez em Dubai, competição de nível ATP 500, disputada nos Emirados Árabes Unidos, Federer demorou poucos minutos a quebrar o saque do adversário e obter a vantagem no duelo, que lhe serviu como revanche da Austrália, quando foi superado depois de três horas e 45 minutos de jogo.

Tsitsipas, que amanhãvai entrar no Top 10 da ATP aos 20 anos (10º), chegou em grande fase para a partida, depois de duas semanas perfeitas, durante as quais obteve oito vitórias consecutivas e o título em Marselha.

Federer tratou de valorizar as dificuldades da chave que enfrentou nesta edição da competição e exaltou o grego. “As condições e os oponentes foram complicados. Stefanos foi campeão em Marselha, na semana passada, e foi difícil jogar aqui em alto nível para ele”, opinou Federer.

E relembrou sua trajetória, comparando com o surgimento de oponentes como Tsitsipas. “É um privilégio jogar contra estes jovens. Eu mesmo ficava muito contente quando jogava contra meus heróis quando era jovem”, disse.

Tsitsipas tinha apenas 2 anos quando o suíço conquistou o primeiro de sua longa lista de títulos, em 2001, em Milão, aos 19 anos. E o rival foi alvo de uma brincadeira na comemoração. “Eu não sei se Stefanos já era nascido quando eu conquistou o meu 1º título.”

ÍDOLO Tsitsipas devolveu os comentários positivos. “Ele foi o meu ídolo desde que eu tinha 6 anos e agora eu divido a quadra com ele”, disse, ainda surpreso, o grego. “Conquistar 100 títulos é uma loucura total”, afirmou, entre risos.

Na avaliação do ex-número 1 do mundo, o tênis ficará em boas mãos quando ele se aposentar. “É um privilégio contra rivais deste nível porque eu os acompanharei pela TV. Eu também fui um obstáculo para Pete Sampras e Andre Agassi.
Tenho certeza de que Stefanos terá uma carreira maravilhosa. O tênis estará em boas mãos, independentemente de eu estar lá no futuro ou não.”.