O Atlético venceu o Defensor do Uruguai por 2 a 0, gols do zagueiro Réver e Cazares, um em cada tempo, ontem, em Montevidéo, e deu um passo gigantesco para conseguir sua classificação para a fase de grupos da Copa Libertadores. Poderá até perder por um gol de diferença no jogo de volta, quarta-feira, no Horto. Mas, com certeza, vai vencer e bem. Não há como negar a superioridade do time mineiro, com jogadores mais qualificados. O grande nome da partida, na minha visão, foi Luan. Marcou, correu o tempo todo, deu passes, chutou a gol e fez belíssimo jogo. Se atuar sempre assim, será elogiado aqui, na mesma medida em que o critico. O Atlético está com a mão na vaga, e não acredito em revés.
O Atlético pegou um adversário fraquíssimo. Com 11 minutos, já vencia por 1 a 0, gol de Réver, de cabeça, em cruzamento de Cazares. E poderia ter feito, no mínimo, mais uns três, tamanha a facilidade em chegar à área adversária e por causa da fraca defesa do Defensor. Ricardo Oliveira chegou a driblar o goleiro, mas o zagueiro salvou a bola que ia entrando. Luan também teve uma chance clara. Livre, com o gol escancarado, chutou torto e fraco. Chará também arriscou alguns chutes de fora da área, que levaram perigo.
O Galo perdia gols demais.
O Atlético perdeu a chance de ir para o vestiário com uma goleada e a classificação praticamente garantida. É impressionante como o alvinegro transforma um jogo tranquilo em dramático.
No segundo tempo esperava-se um Galo mais consistente na frente, acertando a pontaria, para despachar logo o defensor.
Impressionante como o Galo caiu do primeiro para o segundo tempo. Percebendo isso, os uruguaios cresceram. Victor fez boas defesas. A marcação do Galo ficou frouxa, o que era perigoso. Ricardo Oliveira quase marcou em cobrança de falta. Fábio Santos, na cara do goleiro, chutou em cima dele. Mesmo caindo de produção, o Galo era superior, justamente pela fragilidade do adversário. Escrevi na coluna de ontem que esperava uma goleada.
O tempo passava, Levir Culpi – que eu reputo como um técnico que sabe ajeitar time, mas que não sabe mexer –, demorava para trocar peças.
Mas, por obra do destino, Patric foi lançado na direita, avançou, levantou a cabeça e fez um passe magistral para Cazares, de cabeça, fazer 2 a 0 e dar a tranquilidade necessária. O gol saiu no momento em que o time uruguaio estava todo no ataque, e foi mortal para eliminar as pretensões do adversário. Agora, em BH, o Galo deverá confirmar sua classificação. Com mais de 20 mil torcedores no Independência, fungando no cangote dos jogadores, sinceramente, não espero outro resultado que não seja goleada. Goleada essa que o Atlético ficou devendo ontem, mas que, com certeza no Horto, o Defensor vai conhecer.
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