Entendo a postura dos treinadores de América e Cruzeiro, que não culparam a chuva pelo clássico um tanto arrastado. Mas a verdade é que ela influenciou. Tanto que o jogo esteve para ser adiado. Tinha a semana toda para chover, a gente até pedia a São Pedro que mandasse um pouco de água, o calor estava terrível, mas não precisava ser no domingo à tarde. Até que a drenagem do estádio funcionou bem, tão bem que drenou parte do futebol das equipes. Principalmente as peças ofensivas estiveram abaixo do esperado. E eu que sempre achei o Raniel ótima opção, começo a pensar se ele não se acostumou a ser opção para o segundo tempo...
Imprevisível
Gosto de ver o Berola em campo. Às vezes, ele parece uma pipa sem rabiola, roda muito e se perde.
Muita calma
Já estão criticando o Cruzeiro por ter empatado os dois clássicos que disputou. Começo de temporada, De Arrascaeta se foi, Thiago Neves está se recuperando. E foram dois clássicos, não foram jogos fáceis.
Fala muito
Sempre ouvi aquela frase “Fulano fala mais que pobre na chuva”. Pois depois do clássico o ditado mudou: “Fulano fala mais que árbitro na chuva”. Tanto durante o período em que a partida estava suspensa pelo toró, quanto durante a disputa, o apitador se mostrou um homem do diálogo. Deve ter saído rouco de campo. É como diz o Orozimbo: “Árbitro não é pra falar, é pra apitar. Por isso, usa apito em vez de megafone”.
Galo líder
O empate entre Cruzeiro e América foi um presentão para o Atlético, que, no sábado, venceu o Tupi usando reservas. Algumas peças começam a mostrar serviço buscando vaga como titular.
Casa da Mãe Joana
O que estão fazendo com o futebol é absurdo. Certos dirigentes se acham acima do bem e do mal. Mais que isso, acham que podem falar qualquer besteira e tudo bem. Meninos mimados, birrentos, falastrões, eles chegam a pensar em excluir o pobre dos estádios. Absurdo sem tamanho. Esta turma que tenta segregar o torcedor humilde e pouco se importa com o entorno dos estádios é a mesma que baixa preço dos ingressos quando seu time está para cair e que procura benefícios do governo alegando que o futebol é um esporte para o povo. Pena que os torcedores às vezes não percebam isso.
Bélico
No entanto, o Rio de Janeiro se superou na arte de torturar o torcedor. Fluminense e Vasco se enfrentariam. Então, o presidente do Flu afirmou que por contrato sua torcida teria que ficar do lado direito do estádio. O Vasco alegou que era mandante e pretendia ocupar o mesmo lado.
Resumo
A torcida do Vasco comprou ingresso, foi a campo, acabou barrada, levou bomba de gás, tiro de borracha e só entrou no estádio depois de 30min do primeiro tempo. Quem estava em casa, ficou sabendo que poderia entrar, foi às pressas para o Maracanã e, quando chegou, viu que haviam novamente fechado os portões. Um crime contra torcedores, contra o futebol, contra o bom senso.
.