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Racismo barrou Jefferson


postado em 17/02/2019 05:09

No início da carreira, a convocação do goleiro para vestir a camisa do Brasil foi negada: técnico confirmou veto de dirigente a negros(foto: Heuler Andrey/Mowa Press - 7/10/14)
No início da carreira, a convocação do goleiro para vestir a camisa do Brasil foi negada: técnico confirmou veto de dirigente a negros (foto: Heuler Andrey/Mowa Press - 7/10/14)


Um dos goleiros marcantes da história recente do Botafogo, Jefferson teve uma grande fase na carreira que lhe rendeu até convocações para a Seleção Brasileira. Agora ex-jogador, depois de pendurar as chuteiras no fim de 2018, ele revelou que sofreu com o racismo ao afirmar que teve seu nome vetado na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) quando ainda estava nas categorias de base do futebol.

Jefferson contou, em entrevista ao canal ESPN Brasil, que um ex-cartola foi o responsável pela sua ausência no grupo que foi convocado para o Mundial Sub-20 de 2003, pouco tempo após se transferir do Cruzeiro para o clube carioca. Ele relembrou o momento em questão, quando era constantemente convocado para a equipe brasileira de base pelo técnico à época, Marcos Paquetá, mas se surpreendeu ao não ser chamado. “Na convocação da (seleção) Sub-20 (em janeiro daquele ano), estava praticamente decretado quem seriam os goleiros: eu, Fernando Henrique (então no Fluminense) e Fabiano (ex-Internacional). Quando saiu a convocação para o Mundial, estava certo de que meu nome estaria lá, e para a minha surpresa não estava. Um mês atrás estava tudo certo!” afirmou.

Por causa da invasão dos Estados Unidos no Iraque, a competição, que era sediada nos Emirados Árabes, foi cancelada e remarcada para o final daquele ano. Jefferson seguiu a vida no Botafogo, mas acabou sendo reserva de Max em parte da temporada. “Eu estava no banco do Max, na Série B (do Brasileiro), e, faltando um mês para a convocação, eu nem estava esperando. Então, recebi uma ligação do Paquetá: ‘E aí, está preparado para voltar à Seleção? A gente ia te convocar lá atrás, só que fomos barrados porque não poderia convocar goleiros negros. Tinha uma pessoa (na CBF) que falou que não poderia convocar. Essa pessoa saiu e agora podemos fazer o que quisermos’”, revelou.

CRUZEIRO No Mundial, o agora ex-goleiro foi reserva no início da competição, com Fernando Henrique como titular, mas ganhou a posição ao longo do torneio. O Brasil foi campeão ao vencer a Espanha com um time que tinha Daniel Alves, Fernandinho, Kleber Gladiador e Nilmar.

Antes, quando Jefferson atuava no Cruzeiro, em 2001, ele encontrou resistência da cúpula do clube celeste para ser alçado ao time profissional. O técnico da época, Luiz Felipe Scolari, chegou a afirmar que um membro da diretoria “preferia um goleiro loiro, alto, porque achava mais interessante”. Relembrando o caso, em 2013, Felipão declarou: “Eu via mais qualidade nele (Jefferson)”.

Jefferson teve o ápice da carreira no Botafogo, com duas passagens, de 2003 a 2005 e de 2009 a 2018. Na segunda delas, chegou à Seleção Brasileira principal, com 22 partidas disputadas entre 2010 e 2015.

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