O clássico entre América e Cruzeiro terá sabor especial para Mano Menezes, que completará 200 partidas à frente da equipe celeste no jogo de domingo, às 17h, no Independência, pela sétima rodada do Campeonato Mineiro. O gaúcho ocupa a quinta posição do ranking dos que mais dirigiram o clube, abaixo apenas de Ayrton Moreira, Niginho, Levir Culpi e Ilton Chaves.
Mano está na segunda passagem pela equipe, iniciada em julho de 2016, inicialmente substituindo o português Paulo Bento, são 183 partidas, com 89 vitórias, 52 empates e 42 derrotas. No primeiro trabalho, de agosto a dezembro de 2015, foram oito triunfos, seis empates e dois reveses.
Caso cumpra o contrato até dezembro, Mano Menezes fará o trabalho mais longevo da carreira, deixando para trás os períodos no comando do Grêmio (dois anos e sete meses) e Corinthians (dois anos e seis meses). E terá ainda a chance de se projetar como segundo comandante mais duradouro da Raposa.
A filosofia de trabalho de Mano no Cruzeiro deu bons resultados, especialmente nas competições de mata-mata. O time conquistou as edições de 2017 e 2018 da Copa do Brasil, além de chegar às semifinais em 2016, e às quartas de final da Copa Libertadores de 2018.
Entre os treinadores da Série A do Campeonato Brasileiro, Mano é o que tem maior sequência. Depois dele vêm Renato Gaúcho, no Grêmio desde setembro de 2016, Rogério Ceni, contratado pelo Fortaleza em novembro de 2017, e Odair Hellmann, no Internacional desde novembro de 2017. Os demais profissionais começaram seus respectivos trabalhos a partir de fevereiro de 2018.
DURADOUROS Acostumado a trabalhos duradouros, Mano já havia superado a marca de 200 partidas por outro clube. No Corinthians, foram 248 – de janeiro de 2008 a julho de 2010 e em toda a temporada 2014.
Outros técnicos em atividade na elite brasileira também conseguiram atingir esse patamar. Luiz Felipe Scolari é provavelmente o maior exemplo. No Palmeiras são 444 partidas (216 vitórias, 119 empates e 109 derrotas) e seis títulos oficiais – os mais importantes da Copa Libertadores de 1999 e do Brasileiro de 2018. No Grêmio, pelo qual também se sagrou campeão da Libertadores (1995), Felipão somou 371 jogos, com 172 vitórias, 101 empates e 98 derrotas.
Levir Culpi é o segundo que mais treinou o Cruzeiro (257) e o terceiro do Atlético (306). Já Renato Gaúcho somou 202 partidas pelo Fluminense e tem, até o momento, 269 a serviço do Grêmio.
No futebol nacional, o recordista geral é Lula, técnico do Santos de 1954 a 1966, com impressionantes 943 partidas. A geração que tinha craques como Pelé ganhou cinco edições do Brasileiro (antiga Taça Brasil), oito do Paulista, quatro do Torneio Rio-São Paulo, duas da Copa Libertadores e duas do Mundial de Clubes.
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