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Compras antes do embarque


postado em 01/02/2019 05:09

Parte da tropa de Israel foi ao Mercado Central, em Belo Horizonte, e também ao Shopping Cidade(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Parte da tropa de Israel foi ao Mercado Central, em Belo Horizonte, e também ao Shopping Cidade (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)


Os israelenses, que vieram para auxiliar no resgate de sobreviventes e localização de vítimas do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, fizeram compras, na manhã de ontem, em Belo Horizonte, antes de retornarem à Israel. Alguns deles estiveram no Shopping Cidade e no Mercado Central, no Centro em Belo Horizonte. O grupo chamava atenção por onde passava. Com blusa preta, calça cáqui e botas, os soldados interagiram com os vendedores, que se empenharam em atendê-los bem, em retribuição à atuação em Brumadinho. “Depois que eles chegaram, conseguiram encontrar mais corpos. Eles vieram com sondas para ajudar na localização”, afirmou a funcionária do McDonald’s Isabella Fidélis, que atendeu um soldado israelense. Ela viu como positiva o apoio do exército israelense, embora a efetividade da participação da tropa tenha sido questionada.

Em uma loja de decoração, compraram uma caneca Harry Potter da Casa Grifinória e um unicórnio de pelúcia com o escrito “believe”, que, em inglês, quer dizer “acredite”. Com dupla nacionalidade a tenente Amit Levi, de 21 anos, almoçou com os avós, que vieram do Rio de Janeiro para encontrá-la. “Minha neta adora o Brasil. Ela é tenente com curso de salvamento, fala português e tem apenas 21 anos”, disse orgulhoso Adolpho Tuchman sobre a neta. A família não esperava que a foto, em que a tenente aparece de uniforme com as bandeiras do Brasil e Israel, teria tanta repercussão.

O representante do Ministério de Relações Exteriores de Israel, o embaixador Raphael Singer, elogiou a atuação dos bombeiros de Minas. Ele reforçou que a tropa atuou em conjunto com os brasileiros e que colocaram à disposição não só a tecnologia, mas a maneira como propõem a intervenção em locais de catástrofes. “Usamos capacidades especiais em termos de resgates em situação de guerra, terrorismo, depois experiência aplicadas para terremotos, tsunami. Tudo isso gerou tradição de Israel de prestar esse tipo de experiência para outros países, países amigos”, afirmou.

O embaixador afirmou que entende que a tropa tinha consciência de que se tratava de situações distintas, mas reforçou que os desastres são sempre diferentes, portanto, desafio que requer planejamento. “Estava no avião, nas 14 horas de voo, tomando pé da situação. O que podemos fazer? Como vamos aplicar? Pensando soluções criativas. Obviamente sem saber a situação de verdade. Quando chegamos foi uma bomba assim. Foi um mega boom”, afirmou.

Ele ressaltou como a tecnologia trazida contribuiu para ajudar na localização de sobreviventes que estavam na lista de desaparecidos. “Estava lá, quando descobriram telefone de uma vítima, mas obviamente, pouco antes do desastre. Havia sido registrado como desaparecido. Mas ele estava vivo. Isso ajudou para tirar da lista de desaparecidos.”

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