A última edição do Campeonato Mineiro trouxe muitas lições para o Atlético. Com o jovem técnico Thiago Larghi no comando, faltou um pouco mais de experiência ao grupo que acabou perdendo o título para o Cruzeiro com derrota por 2 a 0 no Mineirão, depois de vencer o jogo de ida por 3 a 1, no Independência. Nesse sentido, a estratégia a ser adotada pela equipe em 2019 é de somente se concentrar ao máximo nas partidas decisivas e não entrar na provocação dos adversários.
Na temporada que volta a jogar a Copa Libertadores, o Galo começa o ano usando os jogos do Mineiro como preparação. Por isso, a comissão técnica acredita ser natural as dificuldades da equipe para manter o ritmo alto durante os 90 minutos – haverá, inclusive, um revezamento entre titulares e reservas, que atuarão nas partidas fora de BH. Por isso, será necessário que a torcida mantenha paciência e não cobre espetáculo a curto prazo, já que a evolução coletiva alvinegra pode vir somente no decorrer da disputa.
Para o técnico Levir Culpi, é necessária uma combinação de fatores para que a equipe tenha liga e chegue aos títulos em 2019, algo que faltou no ano passado: “O caminho não é fácil. Muita coisa precisa dar certo para você ter conquistas. Mas temos muitos pontos positivos, como nossa própria vontade, elenco bom, profissionais competentes e a torcida. Depende de nossa competência.
O volante Zé Welison acredita que vencer o Campeonato Mineiro é um atrativo importante para o clube e a torcida. Na visão do jogador, os atleticanos sempre vão pressionar a equipe na busca por feitos de destaque em Minas. “Sempre procuramos dar importância ao Estadual porque é uma possibilidade de trazer títulos para o clube. Depois, vamos pensar na Libertadores. A gente vai em busca dessa competição, até porque é a primeira vez que eu a disputo. A gente espera estrear bem contra o Boa e depois pensar em coisas maiores. A torcida vai nos cobrar um bom desempenho e temos de estar preparados para isso”.
No papel, o grupo que começa a competição tem a mesma base de 2018, contando inclusive com o capitão Leonardo Silva, de 39 anos, e o atacante Ricardo Oliveira, de 38, dois dos mais velhos jogadores da competição.
Com a maioria dos reforços ainda em avaliação por Levir Culpi, quem pode começar como titular é o também experiente zagueiro Réver, de 34 anos, que foi contratado com status de capitão e que já ergueu a taça de campeão pelo Galo em 2012 e 2013. Ao longo dos compromissos, a comissão técnica testará os demais que chegaram para dar mais qualidade ao grupo: o lateral-direito Guga, o zagueiro Igor Rabello, o volante Jair, o armador Vinícius e o atacante Maicon Bolt.
Grupo
Goleiros
Victor, Cleiton,
Michael e Fernando
Laterais
Emerson, Patric,
Guga, Carlos César, Fábio Santos e Hulk
Zagueiros
Leonardo Silva,
Maidana, Réver,
Igor Rabello,
Matheus Mancini,
Matheus Stockl e
Martin Rea
Volantes
Adílson, Gustavo Blanco, Zé Welison, Elias, Jair e
Lucas Cândido
Armadores
Cazares, Nathan, David Terans,
Bruninho e Vinícius
Atacantes
Ricardo Oliveira,
Luan, Chará,
Leandrinho,
Alerrandro, Maicon Bolt e Papagaio
Destaque
Cazares
O armador de 26 anos iniciará sua quarta temporada consecutiva no Atlético com expectativas mais ambiciosas. O equatoriano terminou 2018 em alta, com atuações decisivas no Campeonato Brasileiro que ajudaram o Galo a conseguir a vaga na fase preliminar da Copa Libertadores. Desta forma, voltou a ganhar prestígio com a torcida e com o técnico Levir Culpi. Apesar da confiança em alta, ele tem como desafio atuar com mais regularidade e não sumir em momentos que a equipe necessitar, principalmente contra adversários mais fortes.
Técnico
Levir Culpi
Poucos treinadores conhecem tão bem o Campeonato Mineiro como Levir Culpi. Na era recente da competição, ninguém venceu tantas vezes quanto ele: foram cinco títulos – 1995, 2007 e 2015 pelo Atlético e 1996 e 1998 pelo Cruzeiro – em oito edições disputadas. Aos 65 anos, o comandante voltou ao Galo em outubro do ano passado para ajudar na montagem do grupo em 2019.
Colocação em 2018 2º
títulos mineiros 44
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