Melhor brasileiro na São Silvestre, Giovani dos Santos criticou a falta de apoio ao esporte no Brasil, principalmente pelo pouco patrocínio. Dono de seis pódios na prova, ele lamentou que ano após ano a corrida coroe africanos e os brasileiros fiquem como coadjuvantes. “As pessoas olham os brasileiros correndo, mas ninguém nos dá apoio. Se a gente tivesse mais estrutura, quem sabe o brasileiro teria o direito de nos cobrar por desempenho”, afirmou.
O encerramento das atividades da equipe de atletismo do Cruzeiro, uma das mais tradicionais do Brasil, ativa há 34 anos, também foi lembrado. E ainda: a redução de investimentos no programa Bolsa Atleta pelo presidente Michel Temer no fim do ano passado – corte de aproximadamente 50%.
“Sempre me perguntam sobre o nível técnico do brasileiro e os motivos que nos fazem ficar longe do pódio. A falta de apoio nas categorias de base é a resposta. Está difícil. Ultimamente, a gente só recebe notícia ruim”, afirmou Jenifer, atleta do Pinheiros.
CRUZEIRO Em sua última prova, o Cruzeiro competiu com sete atletas no masculino e uma representante no feminino. Até o quinto quilômetro, Wellington Bezerra, o Cipó, figurou no pelotão de frente, mas acabou ficando para trás. O melhor foi Reginaldo José da Silva, que completou o percurso em 54min, porém, fora dos 30 melhores. “Procurei incentivar o máximo possível, como sempre faço nas minhas preleções, mas todo mundo estava de cabeça baixa”, revelou o técnico celeste, Alexandre Minardi..