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Sonho olímpico

Uma das modalidades estreantes em Tóquio'2020, escalada tem mineiro como principal nome do Brasil. No surfe e no skate estão as maiores chances de medalhas para o país


postado em 30/12/2018 05:03

Belo-horizontino Jean Ouriques é o atual campeão brasileiro e lidera o ranking nacional(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Belo-horizontino Jean Ouriques é o atual campeão brasileiro e lidera o ranking nacional (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Das cinco modalidades incorporadas ao programa olímpico de Tóquio’2020, o Brasil comemorou dois títulos mundiais nesta temporada, no surfe e no skate – feitos que credenciam o país na busca por medalha. Nas outras, entretanto, é preciso trilhar longo caminho para garantir lugar no Japão. É o caso da escalada que, mesmo sendo muito praticada, ainda precisa melhorar significativamente os resultados para assegurar um lugar nos Jogos.

O desafio de estar entre os 20 melhores é o que motiva o mineiro Jean Ouriques, atual campeão nacional e líder do ranking brasileiro. “Além de tentar estar na primeira Olimpíada, ainda tem o feito de ser o primeiro brasileiro. Para chegar lá, é treinar muito e competir o máximo possível”, conta o belo-horizontino, de 33 anos, que participou de 18 competições nos últimos nove meses.

A família Ouriques é responsável direta por colocar BH no mapa da escalada nacional, ao lado de São Paulo, Brasília e Curitiba. Levados pelos pais, Everton e Marilene, Jean e os irmãos tiveram contato com a natureza logo nos primeiros meses de vida. O hobby se transformou em uma loja de artigos para montanhismo e, há 10 anos, em uma academia de escalada na Savassi. Além de Jean, treinam na Rokaz promessas da modalidade, como Pedro Avelar, de 18 anos, tricampeão juvenil.

Este ano, relata Jean, foi o primeiro em que a modalidade recebeu verba da Lei Piva (cerca de R$ 1,4 milhão), o que permitiu melhorar estrutura, organizar campeonatos e ajudar atletas de elite em competições no exterior. “Mudou de patamar depois de entrar na Olimpíada. O público – as mães, os pais, todo mundo – começou a olhar com outro olhar, como um esporte e não uma ‘brincadeira de adolescente que não tem nada para fazer’”, conta Jean.

MUDANÇAS A transformação em esporte olímpico também mexeu com o circuito profissional, que tem competições divididas em estilos diferentes, como velocidade, dificuldade e blocos (boulder). Na Olimpíada, será apenas um pódio, premiando quem se sair melhor no combinado dos três tipos. As provas serão em circuito indoor. “Isso obrigou os atletas a se reinventarem, pois não adianta ser apenas rápido e não se dedicar à estratégia. O resultado será multiplicado um pelo outro: se você ficar em primeiro, primeiro e primeiro, soma três pontos. Se terminar em primeiro, terceiro e terceiro, terá nove pontos. Quem tiver a menor nota, vence”.

O próximo ano será decisivo para Jean, que precisa evoluir para chegar bem ao Pan-Americano de Los Angeles, em 2020, que dará uma vaga para Tóquio. “Tenho que chegar no auge da forma, física e técnica, para tentar ter uma excelente colocação”, projeta.

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