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A força do dinheiro

Numa competição marcada por poucos gols e muitas trocas de treinadores, orçamento de R$ 530 milhões anuais ajuda a consagrar o Palmeiras no cenário nacional mais uma vez


postado em 04/12/2018 05:03

Aos 26 anos, atacante Dudu foi o nome do título palmeirense e eleito o 'Craque do Brasileirão'(foto: Nelson Almeida/AFP - 13/10/18)
Aos 26 anos, atacante Dudu foi o nome do título palmeirense e eleito o 'Craque do Brasileirão' (foto: Nelson Almeida/AFP - 13/10/18)


O Campeonato Brasileiro chegou ao fim no fim de semana com a incontestável consagração do Palmeiras como campeão nacional, mas com vários questionamentos por causa do nível técnico ruim da maioria das partidas. O maior reflexo disso se percebeu na baixa média de 2,18 gols por partida, a pior da história dos pontos corridos, que teve início em 2003. Numa competição marcada pela forte disparidade financeira entre grandes e pequenos, quem se deu melhor foram as equipes com os maiores orçamentos do país – Palmeiras (R$ 530 milhões anuais) e Flamengo (R$ 477 milhões anuais) –, que repuseram as perdas dos destaques na janela de transferências entre junho e agosto.

A saída de atletas na metade do campeonato foi um dos fatores preponderantes para que o Brasileiro tivesse jogos abaixo da expectativa. O próprio Palmeiras ficou sem o atacante Keno, uma das peças principais e que foi para o egípcio Pyramids, mas sobreviveu bem graças ao talento de Dudu: o ex-cruzeirense, de 26 anos, que ontem ganhou a Bola de Ouro de melhor jogador da competição (tradicional premiação idealizada pela Revista Placar e promovida atualmente pelos canais ESPN) e foi eleito o ‘Craque do Brasileirão’ pela CBF, liderou a equipe e foi decisivo na reta final para que o título ficasse com o Palestra.

A exemplo dos paulistas, o Fla ficou sem Vinícius Júnior, que foi para o Real Madrid, e repatriou Vitinho por R$ 40 milhões. E o Corinthians foi obrigado a se virar sem Rodriguinho, outro que foi para o Pyramids. No Atlético, as negociações do zagueiro Bremer (para o Torino) e do atacante Róger Guedes (Shandong Luneng) – além da lesão do volante Gustavo Blanco – foram os motivos alegados pela diretoria para justificar a queda na classificação.

O fato de vários times privilegiarem as competições internacionais prejudicou o Nacional. Um deles foi o Cruzeiro, que apostou na Copa do Brasil e na Copa Libertadores pelo atrativo financeiro. O Palmeiras mandou os reservas a campo na primeira parte da competição e só escalou força máxima na reta final, quando já havia sido eliminado dos torneios de mata-mata. Uma das sensações do Brasileiro, o Atlético-PR abriu mão nas últimas rodadas para se concentrar na Copa Sul-Americana.

DEMISSÕES EM SÉRIE Quando o nível técnico das equipes despenca, normalmente sobra para o treinador. Em 38 rodadas da Série A, foram 29 trocas, algumas que não surtiram efeito. Na véspera da última rodada, a vítima foi o mineiro Marcelo Oliveira, demitido do Fluminense devido à fase ruim do ataque e à ausência de vitórias na reta final. América, Vitória e Sport, rebaixados à Série B, e Atlético, foram os recordistas de mudanças no comando, com três cada.

Por outro lado, a ida do pentacampeão Luiz Felipe Scolari, de 70 anos, para o Palmeiras, substituindo Roger Machado, foi determinante na ascensão da equipe ao título. Outro que ganhou fôlego extra na campanha foi o Santos, depois de a diretoria contratar Cuca para o lugar de Jair Ventura. Na parte de baixo, nenhum teve mais destaque quanto Lisca, no Ceará: o técnico de 46 anos tirou o Vovô da lanterna e o levou à Copa Sul-Americana. Apenas três treinadores se mantiveram nas equipes em toda a disputa: Mano Menezes, no Cruzeiro; Renato Gaúcho, no Grêmio; e Oldair Hellmann, no Internacional.

Raio-X do Brasileiro
Melhor ataque: Palmeiras (64 gols)
Melhor defesa: Palmeiras (26 gols)
Pior ataque: Paraná (18 gols)
Pior defesa: Vitória (64 gols)
Time mais disciplinado: Chapecoense (74 amarelos e três vermelhos)
Time mais indisciplinado: Palmeiras (117 amarelos e cinco vermelhos)
Quem mais recebeu faltas: Vitória (650)
Quem mais cometeu faltas: Bahia (664)
Maior série invicta: Palmeiras (23 jogos, 18 vitórias e cinco empates)
Maior série sem vencer: Paraná (18 jogos, com cinco empates e 13 derrotas)
Quem mais recebeu pênalti: Vasco (12)
Quem mais cometeu pênalti: Atlético-PR (10)
Quem mais trocou passes certos: Grêmio (17.320)
Quem mais errou passes: São Paulo (1.649)
Trocas de treinadores: 29
Artilheiro: Gabriel (Santos), com 18 gols

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