
Madri venceu a disputa com Paris e vai receber a final da Copa Libertadores entre os argentinos River Plate e Boca Juniors. A decisão será às 17h30 de 9 de dezembro, com o Estádio Santiago Bernabéu recebendo torcedores das duas equipes. O anúncio foi feito ontem pela Conmebol. Inicialmente, Doha (Catar), Miami (Estados Unidos) e Assunção (Paraguai) eram cotadas. Por meio da Minas Arena, o Mineirão também se ofereceu como candidato.
Paralelamente, o Boca, que vinha resistindo, pleiteando à Conmebol que fosse declarado campeão depois dos ataques ao ônibus de sua delegação que levaram ao adiamento do duelo no Monumental de Núnez, sábado, em Buenos Aires, aceitou o duelo em campo neutro.
A Comissão Disciplinar da Conmebol, por sua vez, descartou atender ao pedido do Boca. E puniu o River com obrigatoriedade de portões fechados em seus dois próximos jogos organizados pela entidade, além de aplicar multa de US$ 400 mil.
A capital francesa esteve bastante cotada, mas acabou superada por critérios que, para os organizadores, representam latinidade, aliada à capacidade de oferecer segurança. Além disso, contribuiu a facilidade de voos para Madri e a grande comunidade argentina que por lá vive.
Por fora corriam países como Brasil e Itália. Gênova chegou a formalizar o convite, assim como ocorreu no caso do Mineirão, do Maracanã, da Arena Pernambuco, das federações de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Pela rivalidade, uma opção brasileira estava entre as menos cotadas.
Segurança será um dos itens de maior rigor no próximo duelo, já que a final teve torcida única no primeiro confronto (2 a 2 na Bombonera), assim como seria no segundo, quando houve atos de vandalismo que levaram o Boca a se negar a jogar. Na chegada ao Monumental de Núnez, o veículo que conduzia a delegação foi atacado a pedradas. Estilhaços das janelas provocaram lesão no olho do capitão Pablo Pérez. A Conmebol chegou a manter o jogo no mesmo dia, alterando o horário por duas vezes, depois adiando para o domingo, quando o Boca se recusou a entrar em campo.
JOGO ÚNICO A decisão de que o título seria disputado fora da Argentina foi tomada na terça-feira, em Luque (Paraguai), sede da Conmebol. Um novo empate por qualquer placar no Santiago Bernabéu levará à prorrogação. Persistindo a igualdade, pênaltis. Esta será exatamente a última disputa do título em dois jogos, já que em 2019 passará a ser adotado o sistema de partida única, com Santiago já confirmada como sede.
