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Bandidos ganham a guerra na Argentina!

O governo achou melhor lavar as mãos e dizer que não tem condições de controlar a violência. Isso é passar atestado de incompetência


postado em 28/11/2018 05:05



As autoridades da área de segurança da Argentina deram grande poder aos bandidos travestidos de torcedores ao dizer que o jogo final entre River e Boca será dia 8 ou 9 de dezembro, fora da Argentina. Existe a possibilidade de ser no Paraguai, nos Estados Unidos ou no Catar. As autoridades disseram que não têm condições de garantir a integridade de jogadores, dirigentes e torcedores de verdade. Que vergonha! Por essas bandas da América do Sul, primeiro, impediram torcidas rivais de dividirem os estádios. Agora, dizem que não podem nem sequer estar no estádio no seu próprio país. A que ponto chegamos! A vida de todos nós está por um fio. No Brasil, não é diferente em relação aos hermanos. A violência paira de norte a sul, com assassinatos nas imediações ou até longe dos estádios, só porque o cidadão veste a camisa do clube do coração. Nos estádios, brigas recorrentes. Nos ônibus e transportes privados, mortes por balas perdidas, como ocorreu com o filho do técnico Jair Pereira há décadas: levou um tiro dentro do coletivo que conduzia ele e outros torcedores para casa. Não sei se o assassino foi identificado até hoje. Outra cena horrível, que não sai da na nossa cabeça, é a daquele torcedor cruzeirense inerte no chão, em frente ao Chevrolet Hall, em BH, levando pancadas na cabeça, com o assassino usando um cavalete. Que monstruosidade!

A “América Latrina”, como diz um amigo meu, é isso. Outro dia, um médico que criou uma equipe para salvar vidas mais rapidamente, em São Paulo, foi assaltado num sinal. Ao tentar tirar o cinto de segurança, levou um tiro na cabeça e morreu. Um homem que salvava vidas não salvará mais. A impunidade, a falta de policiais, a falta de segurança está levando o Brasil e países vizinhos ao caos. Saber que as chamadas torcidas organizadas são comandadas de dentro da cadeia por facções criminosas é assustador. Vivemos momentos assustadores e o futebol, que deveria ser amor e paixão, entrou para as estatísticas de mortes e crimes. Estamos impedidos de ir e vir, de torcer, de usar a camisa do time pelo qual torcemos. Coisas que eram simples no passado, mas que hoje são impossíveis.

O governo argentino “liberou” a bandidagem. Se fosse um governo sério, poria milhares de policiais nas ruas, nas imediações do Monumental de Nuñez, e daria total segurança. Porém, achou melhor lavar as mãos e dizer que não tem condições de controlar a violência. Isso é passar atestado de incompetência. Imaginem o que os argentinos do mal não vão fazer daqui pra frente! Vão deitar e rolar, cometer saques, assaltar, matar, pois as autoridades de segurança disseram que não têm como contê-los. Vergonha máxima! Governos frouxos, medíocres, que roubaram o povo lá e aqui. Governos que pregam corrupção, bandalheira, roubalheira. O futebol é reflexo de tudo o que ocorre num país – para o bem ou para o mal.

Falando da Conmebol, a Confederação Sul-Americana de Futebol, que rege os destinos do esporte nessas bandas, é uma vergonha. Deveria exigir segurança na Argentina para que o jogo fosse disputado lá. São uns dirigentes bundões, babacas, preocupados apenas em aparecer nos grandes momentos. Fizeram uma reunião ontem pela manhã e nem sequer conseguiram definir dia 8 ou 9 ou onde o jogo será disputado. Com certeza, estão tentando vender o espetáculo para faturar em cima da violência. Os torcedores argentinos do bem, em sua maioria, como aqui, vão ter que se contentar em ver pela TV. Isso será levado em conta em 2030, quando os argentinos pleitearem sediar a Copa do Mundo. Se não têm condições de segurança para um clássico local, como vão ter para um evento da grandeza de um Mundial?

Decepção é a palavra de ordem. Vergonha é o sentimento que temos a expressar. O futebol anda falido, combalido e violento na América do Sul, mas dizer aos bandidos que não temos condições de dar garantia aos torcedores de bem e à população em geral é um tiro no pé. Felizmente, a partir de janeiro teremos um outro governo no Brasil. Um governo civil, formado por militares, gente acostumada a combater o crime. Espero, sinceramente, ver o Mineirão dividido quando houver o clássico Atlético x Cruzeiro. Vamos voltar aos bons tempos, quando gozar e tirar sarro do adversário era apenas em tom de brincadeira, não de armas, paus, pedras ou qualquer forma de agressão. O futebol só tem razão de ser desse jeito. Os argentinos deveriam sentir vergonha dessa decisão ridícula e absurda. Quando o futebol, “a coisa mais importante entre as menos importantes da vida”, está perdendo para os bandidos, é sinal de que precisamos mudar tudo na sociedade dos países pobres e corruptos como Brasil e Argentina! Vergonha, não há outra palavra para definir a decisão da Conmebol sobre Boca e River!

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