Mais um final de semana de comemorações na escuderia Mercedes na Fórmula 1. Quatorze dias depois de festejar o título antecipado do inglês Lewis Hamilton, a equipe alemã voltou a ver o piloto no lugar mais alto do pódio – com a vitória no Grande Prêmio Brasil, disputado ontem, em Interlagos – e ainda se sagrou campeã do Mundial de Construtores. Com a conquista, embolsou uma polpuda premiação, de aproximadamente 100 milhões de euros, ou R$ 422 milhões.
Com a segunda vitória em São Paulo, Hamilton chegou ao 10º triunfo na temporada e o 72º em sua carreira na F-1. O holandês Max Verstappen, da Red Bull, liderou boa parte da prova, mas perdeu a posição ao se envolver num acidente com seu desafeto desde a F-3, o francês Esteban Ocon, da Force India, que na volta 45 fez manobra inesperada no “S do Senna”: ao disputar posição com o holandês, acabou acertando a traseira do carro dele, que rodou, deixou a pista e foi ultrapassado, com facilidade, por Hamilton, que manteve a ponta até o fim. Verstappen cruzou em segundo, com Kimi Raikkonen, da Ferrari, em terceiro.
Tão logo parou o carro, Lewis Hamilton não se conteve. Saiu do cockpit e foi em direção à equipe para comemorar. “Foi ótimo ver a energia, houve um esforço e tanto de todos. Nada é de graça. Mantivemos nossas metas lá em cima e tivemos um grande fim de ano. Estou muito feliz em contribuir com isso. Fiquei muito orgulhoso”, afirmou o inglês.
IRA Com o rosto vermelho e a fisionomia muito fechada, Verstappen, por sua vez, saiu de sua Red Bull após as 71 voltas do GP do Brasil bastante irritado por ter sido tocado por Ocon: “Espero não encontrá-lo no Paddock. Não sei o que posso fazer com esse idiota”, disse o piloto, de 21 anos.
O holandês vinha sendo o principal destaque da corrida paulista, com grandes ultrapassagens no início da prova, que o tiraram do quinto lugar no grid para a segunda colocação. Imagens da TV francesa Canal + mostraram que, após deixar o carro, Verstappen foi tirar satisfação com Ocon e chegou a empurrar o adversário várias vezes. “Ele foi um covarde. Não importa a punição que recebeu. Eu fui penalizado não vencendo a corrida, então o que ocorrer com ele não fará diferença. Parte do meu carro foi completamente embora, isso foi muito ruim”, completou. “Não foi uma atitude de um profissional. A FIA tem de impedi-lo de ser violento. Ele me empurrou e queria me dar um soco”, disse Ocon. Pela troca de empurrões nos boxes, eles podem ser punidos com multa e até suspensão de prova.
Os pilotos voltam à pista para a última prova do ano, em Abu Dabi, nos Emirados Árabes, no dia 25. Será a despedida da Fórmula 1 neste ano.