Givanildo Oliveira não quer perder tempo. Ele chega nesta manhã a Belo Horizonte, segue direto para o CT Lanna Drumond, onde assina contrato com o América, e, à tarde, já comanda o primeiro treinamento. Substituto de Adilson Batista, demitido na noite de sábado – depois da derrota por 1 a 0 para o Paraná, lanterna do Campeonato Brasileiro, no Independência –, o treinador pernambucano sabe que sua missão não será fácil, mas não desanima .
A volta de Givanildo foi selada na manhã de ontem, depois de o presidente americano, Marcus Salum, telefonar para ele. Será a quinta vez que comandará o Coelho. É o treinador que mais vezes dirigriu o alviverde em sua históriaa, tendo levado a equipe à conquista de três títulos importantes: da Série B do Campeonato Brasileiro (1997), da Série C (2009) e do Campeonato Mineiro (2016). Tem ainda um saldo positivo em números, pois comandou o time em 235 jogos, com 57,45% de aproveitamento.
DESCENSO Na luta contra o rebaixamento para a Segunda Divisão, a diretoria resolveu apostar em um velho conhecido. O Coelho vai precisar de reação histórica na reta final – para alcançar a pontuação necessária para se manter na elite (46 pontos), terá de vencer quatro dos últimos cinco confrontos que fará.
Givanildo se mostra confiante e animado com a missão: “São cinco partidas e 20 dias de trabalho. Mas eu acredito. Venho acompanhando o time e conheço muitos dos jogadores. Desafio é a palavra certa. O Caio Salum me ligou ontem (sábado) e hoje (ontem) conversei com o Salum (Marcus). Não pela minha rodagem, mas, para um cara que vivencia o futebol há muito tempo, acredito que seja possível evitar que o time seja rebaixado”.
Ele elogiou o grupo do América e disse que vai usar a mesma tática de outras equipes: motivar ao máximo os jogadores. “O América tem bons jogadores. Motivação, os jogadores têm de sobra. Eles são profissionais. Tenho minhas obrigações e eles também, até porque jogador é uma profissão muito bonita. Futebol é complicado, são muitos times, mas estou animado.” Aos 70 anos, Givanildo passa a ser o mais velho da Série A, superando, em três meses, Luiz Felipe Scolari.