Jornal Estado de Minas

Trunfo uruguaio

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O Cruzeiro conta com grande arma para o clássico com o América, domingo, às 17h, no Independência, pela 32ª rodada do Brasileiro. O Uruguaio De Arrascaeta tem excelente retrospecto contra o Coelho, com seis vitórias, quatro empates e apenas uma derrota em 11 jogos. Para completar, marcou sete gols, sendo que um deles é antológico: o da vitória por 1 a 0, em 4 de fevereiro, pela quinta rodada do Campeonato Mineiro deste ano. O voleio foi tão bonito que acabou selecionado para concorrer ao Prêmio Puskás de gol mais bonito da temporada 2017/2018 pela Fifa – o vencedor acabou sendo o egípicio Mohamed Salah, em partida do Liverpool contra o Everton, pelo Campeonato Inglês.

Para De Arrascaeta, trata-se de coincidência, pois ele diz trabalhar no dia a dia para ir bem contra todos os adversários: “Tenho a particularidade de ir bem contra a equipe deles. Há coisas positivas e negativas também (a situação do América, ameaçado de rebaixamento). Quando você está nessa situação, tem que tentar dar 100% para sair da posição desconfortável. Então, o time deles vai dar tudo e vamos preparar nosso jogo para tentar sair com os três pontos”.

O camisa 10 tem motivo extra para ir bem não apenas no domingo, mas nos outros seis jogos que restam ao Cruzeiro na temporada: disputa com o também armador Thiago Neves a artilharia da equipe em 2018. Cada um fez 14 gols, com o uruguaio tendo marcado três vezes nos últimos quatro jogos, enquanto o camisa 30 foi à rede apenas uma vez.

Com 185 jogos, De Arrascaeta é o estrangeiro que mais atuou com a camisa celeste.

É também o gringo que mais fez gols, com 49, números que devem melhorar até o fim do ano.

A partir de janeiro, porém, não se sabe se ele continuará no clube. As boas temporadas pelo Cruzeiro e as constantes convocações para a Seleção Uruguaia, pela qual atuou na Copa do Mundo da Rússia, fizeram crescer o interesse de clubes do exterior.

Embora a diretoria garanta não ter recebido proposta oficial, as sondagens vêm ocorrendo. O jogador, por sua vez, procura se concentrar somente no trabalho diário. “Meu pensamento nunca é sobre se estou pronto para ir ou para ficar aqui. Tento dar o melhor para o nosso grupo, para a instituição. Minha parte é ajudar o time. Fora dele, meus agentes, com o clube, vão querer o que é melhor para a instituição e para mim”, diz o atleta, cujo contrato foi renovado em fevereiro de forma antecipada e vai até o fim de 2021.

EM CASA
Ele diz se sentir em casa na capital mineira, onde chegou em janeiro de 2015.
“Era uma experiência nova, uma expectativa muito grande. Eu vinha de um time pequeno do Uruguai, onde a infraestrutura também era muito pequena. O que mais me custou quando cheguei foi que saíram muitos jogadores, então tivemos que construir um grupo novo. Para nós, jogadores, e para o treinador, sem dúvida, é difícil. Depois chegou o Mano e tivemos um grupo forte e sólido, cuja base está sendo mantida. Fruto disso são as duas Copas do Brasil e o Campeonato Mineiro que ganhamos. Hoje eu me sinto muito identificado com a instituição. E Belo Horizonte, pra mim, é quase como se eu estivesse morando em Montevidéu.
Estou muito tranquilo aqui.”
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