O colírio de soro autólogo sorotears é a nova opção para o tratamento de várias condições oculares, como por exemplo a síndrome do olho seco, que pode ser desencadeada por fatores como a Síndrome de Sjogren, artrite reumatoide, hipertireoidismo e Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro (GVHD), comum entre pacientes que receberam o transplante de medula óssea. A tecnologia foi desenvolvida pela parceria entre o Hemocentro São Lucas (HSL) e a Universidade Federal de São Paulo (UFESP).





O tratamento foi submetido ao Conselho Federal de Medicina pelo Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais da Escola Paulista de Medicina (EPM-UNIFESP) e regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) 2018, sendo considerado um produto hemoterápico que deve seguir a legislação que regula a doação de sangue no Brasil.

A obtenção do soro autólogo é feita a partir do sangue do próprio paciente, que é processado para produzir um colírio personalizado. Este colírio é composto por uma variedade de fatores biológicos, como proteínas, anticorpos e fatores de crescimento, que são específicos para cada paciente.

Coleta de sangue do paciente

Elíseo Sekiya, presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa Hemomed (IEP) e responsável pelo desenvolvimento do tratamento, explica: “O processo de produção do colírio de soro autólogo começa com a coleta de uma pequena quantidade de sangue do paciente. O sangue é processado em um laboratório especializado, onde as células sanguíneas são separadas do soro e contém os componentes biológicos que serão utilizados para produzir o colírio”.





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Já em relação ao atendimento ao paciente que inicia o tratamento, ele começa com a prescrição médica pelo oftalmologista. A seguir o paciente será encaminhado ao serviço de hemoterapia, onde passará por um processo semelhante ao de uma doação de sangue para transfusão autóloga, com coleta de sinais vitais e teste de anemia, entrevista de triagem e coleta de sangue para produção do colírio e de amostras para testes de sorologia.

Síndrome do olho seco é extremamente comum

A disfunção da síndrome do olho seco atinge, em média, 13% da população brasileira, de acordo com dados da Tear Film Ocular Surface Society (TFOS), maior organização de educação e pesquisa sobre o filme lacrimal do mundo. A condição é extremamente comum e depende de aspectos genéticos e comportamentais dos indivíduos. Mundialmente, há uma prevalência de até 52% dessa condição. 

Segundo Elíseo Sekiya, o colírio de soro autólogo é uma opção de tratamento ‘inovadora e personalizada’: “Avaliamos pacientes tratados com o colírio de soro autólogo quatro vezes ao dia, durante três meses, e os estudos mostraram uma melhora significativa nos sintomas da síndrome do olho seco, incluindo a redução da vermelhidão e do desconforto ocular”". Além disso, não houve efeitos colaterais graves relatados.

Colírio de soro autólogo

“O colírio de soro autólogo sorotears é uma opção de tratamento inovadora e segura para a síndrome do olho seco” afirma o médico. É importante ressaltar que esse tratamento deve ser prescrito por um médico oftalmologista e se você foi diagnosticado com a síndrome do olho seco, converse com seu médico sobre o colírio de soro autólogo.

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