No último dia 27 de maio, quatro pessoas morreram vítimas de febre maculosa após participarem da 22ª edição da Feijoada do Rosa, realizada na Fazenda Santa Margarida, distrito de Joaquim Egídio, Campinas.



A Prefeitura de Campinas fechou o espaço, apontado como possível local de contaminação das vítimas, e determinou que somente após a apresentação de um plano de contingência ambiental e de comunicação a fazenda poderá realizar novos eventos.

A tradicional Feijoada do Rosa, com 22 anos de história, reuniu neste ano cerca de 3,5 mil pessoas, atraindo um público de classes mais altas na região de Campinas. Nas últimas dez edições, o evento ocorreu na mesma localidade. O ingresso para a festa, que incluía feijoada, massas e bebidas alcoólicas no esquema open bar, chegou a custar R$ 750 na pré-venda. Menores de 18 anos desacompanhados não eram permitidos na festa, que aconteceu das 15h à 1h.
Ao longo dos anos, a Feijoada do Rosa recebeu pessoas de diversas regiões do Brasil e até mesmo promoveu hotéis parceiros na área de Campinas. O evento é conhecido pelos shows de música eletrônica, tendo contado com a presença de DJs como Bruno Be e Tomás Pontifex na edição de 2023.





Em uma publicação no Instagram, a organização da Feijoada do Rosa manifestou solidariedade aos amigos e familiares das vítimas, mas ressaltou que não há correlação entre as atrações oferecidas e as causas anunciadas das mortes.

Recentemente, a Prefeitura de Campinas anunciou que a Fazenda Santa Margarida deve apresentar um plano de contingência ambiental e de comunicação para a realização de novos eventos. Além disso, a prefeitura iniciou uma campanha educativa no entorno da fazenda, mobilizando a população do distrito de Joaquim Egídio e os trabalhadores locais.
Sobre os casos de febre maculosa possivelmente relacionados à Fazenda Santa Margarida, a gestão do local divulgou uma nota, destacando que a responsabilidade pelo controle e prevenção da doença é atribuída ao município, conforme estabelecido pela legislação pertinente.

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