Jornal Estado de Minas

ESTÉTICA

Harmonização facial: As pessoas estão se vendo mais de perto, diz dentista


Há tempos, desde a década de 1940, a Organização Mundial de Saúde preconiza como saúde o "estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade". No entanto, cada vez mais, esse conceito tem sido ampliado com a introdução de outros aspectos como a valorização da imagem, o culto ao belo, além do equilíbrio físico, mental e espiritual. 





Pensando nisso, a cirurgiã-dentista Renata Bomfim Bartolozzi se especializou em harmonização facial. Após ingressar em um curso sobre toxina botulínica e ácido hialurônico, em 2014, ela se apaixonou. "Mergulhei nos livros e artigos e faço isso até hoje. Fiz mais de 100 cursos de harmonização facial e, hoje, além da clínica, atuo na área de ensino e mentoria", comenta.
 
Renata Bonfim, cirurgiã-dentista (foto: Arquivo pessoal)

 
Renata Bartolozzi destaca que a sociedade vive a era da supervalorização da imagem. "O que ocorre é que a ausência de doença deixou de ser a definição de saúde. As pessoas  se cuidam mais. A expectativa de vida aumentou e todos querem envelhecer bem, retardando ao máximo o aparecimento de marcas e quedas na face."  
 
 

Somado a isso, ela aponta a era digital como um marcador da atualidade, "um mundo onde tudo pode ser perfeito, afinal, existe filtro de harmonização facial para todos os gostos", acrescenta. "As pessoas estão se vendo mais de perto, seja em fotos, vídeos, e postagens nas redes sociais. Por causa disso, a percepção de imperfeições, falta de simetria, falta de equilíbrio e proporção entre as regiões da face também aumentou e, com isso, a vontade de 'consertar'", diz. 

Entre os recursos utilizados na harmonização facial, ela destaca os produtos injetáveis como seguros de serem aplicados. "O efeito deles na face é reversível, além de ser não cirúrgico e não invasivo. Inclusive, o carro-chefe da harmonização facial, o ácido hialurônico, é um componente que o nosso corpo produz. Portanto, não há rejeição do produto pelo organismo. E se o resultado não agradar por algum motivo é possível reverter instantaneamente."





O bom profissional, na visão de Renata Bomfim, é aquele que ouve com atenção seu paciente, se preocupa em entender o que ele deseja, o que o incomoda, suas expectativas , sejam elas reais ou irreais. "O bom profissional precisa conhecer e dominar bem a técnica,  estar atualizado nos estudos e saber resolver qualquer problema que esteja sujeito a causar, ainda que a resolução seja encaminhar para outro profissional que saiba resolver", explica. "Além disso, precisa estar disponível para dar assistência ao paciente 24 horas por dia." 

E o que as mulheres mais procuram?


Segundo a dentista, o público feminino procura, a princípio, amenizar as linhas de expressão e rejuvenescer a região "que chamamos de terço inferior: lábio, bigode chinês, linha de marionete e códigos de barra e nariz". 

Já o público masculino busca a definição de contorno da mandíbula, malar, queixo e nariz. "Homens jovens entre 30 e 40 anos que desejam realçar a beleza são o público mais tranquilo de se trabalhar e normalmente os resultados ficam muito bons." 

Um dos erros apontados pela especialista na relação profissional/paciente são as expectativas irreais (por parte do paciente). "Por isso, o profissional precisa fazer uma boa anamnese e diagnosticar quando a expectativa do paciente é impossível de ser alcançada. É importante estar claro para o paciente tudo o que pode acontecer durante o tratamento. Se não houver uma boa conversa, não haverá sucesso."