Jornal Estado de Minas

Saúde

Caminhada Setembro Amarelo conscientiza população sobre o suicídio

A Caminhada Setembro Amarelo será realizada no dia 11 de setembro, sábado, como parte da Campanha de Prevenção ao Suicídio de 2021. A concentração será na bilheteria do Estádio Mineirão - na Avenida Antônio Abrahão Caram, Pampulha - às 8h30. A saída está marcada para às 09h e a chegada para às 10h30, na Igrejinha da Lagoa da Pampulha - Avenida Otacílio Negrão de Lima.



Esse evento tem como objetivo divulgar a importância da Campanha Mundial de Prevenção ao Suicídio. Todos estarão devidamente identificados com a camiseta oficial da campanha e máscaras amarelas, seguindo os protocolos de higiene ao combate da COVID-19 e do distanciamento social.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2016, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é um grave problema de saúde pública - cerca de 800 mil pessoas, em todo o mundo, tiram a própria vida. Só no Brasil foram registrados 13.467 suicídios, uma taxa de 6,1 a cada grupo de 100 mil mortes, ocupando o 8º lugar em números de suicídio.

Destinado a chamar atenção sobre uma das principais causas de mortalidade no mundo, o mês de setembro alerta sobre a importância dos cuidados com a saúde mental e uma série de sinais e sintomas do pensamento suicida.





Setembro Amarelo, criada em 2014, cresceu e conquistou todo o Brasil. Um dos seus mais importantes objetivos é fazer com que o estigma relacionado à morte por suicídio diminua.

"A campanha tem como objetivo informar e conscientizar toda a população sobre a importância de se falar do tema, do cuidado com a saúde mental e, principalmente, combater o preconceito que ainda existe sobre o assunto", comenta Alessandra Barcelos Menezes, psicóloga da Fundação São Francisco Xavier, que atua no Hospital Márcio Cunha.

"Eu vejo uma luz na escuridão" (foto: Brett Sayles/Pexels)
Neste ano, a campanha também adverte para os efeitos da pandemia nos indivíduos. O isolamento social e as sensações de medo vivida por muitos durante esse período devem ser observadas com cuidado.

De acordo com uma pesquisa recente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), os casos de ansiedade, pânico, estresse e depressão neste período de quarentena tiveram aumento de 80%. A psicóloga explica que existe relação entre esses transtornos mentais e os pensamentos suicidas.





O coordenador e docente do curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras, Rongno Rodrigues, sugere algumas ações que podem contribuir para a prevenção do suicídio:

* Procurar uma terapia assim que surgir os primeiros sinais

* Limitar o acesso aos meios para cometer suicídio
* Falar abertamente sobre o assunto e de modo a acolher o indivíduo
* Procurar associações que promovem encontros com pessoas que também passaram pela mesma inquietação
* Evitar estresse e ocasiões que levam à angústia e à depressão.

 

*Estagiária sob supervisão da editora Teresa Caram