Ingredientes:
Para a massa
- 1 kg de farinha de trigo
- 4 ovos caipiras
- 1 copo (requeijão) de água morna
Para o recheio
- 250 g de carne bovina moída
- 250 g carne de porco moída
- 4 dentes de alho
- 1 cebola picada
- 1 colher (chá) de orégano
- 1 colher (chá) de pimenta-malagueta
- Sal a gosto
- 1 colher (chá) de noz-moscada moída
- 4 colheres (sopa) de óleo
Para cozinhar
- 2 litros de água
- 4 tabletes de caldo de carne
- 4 tabletes de caldo de galinha
Nostalgia:
- A Pipoca da Avenida, como é chamado o carrinho do pipoqueiro Rinaldo Teodoro, em São João del-Rei, faz recordar a infância. Sempre cheio de fregueses, o carrinho está na Avenida Tiradentes há quase 50 anos e é ponto de encontro de antigas e novas gerações.
Modo de Preparo:
Para a massa, misturar todos os ingredientes e amassar bem, em uma superfície de madeira, até ficar bem macia. Para o recheio, refogar as carnes no óleo e, em seguida, pôr os demais ingredientes mexendo até secar. Abrir a massa, passar pelo rolo até ficar fina, e, com um copo, cortá-la em círculos. Pôr uma colher do recheio em cada um. Fechar a massa como se fosse um pastel e unir as duas extremidades, de modo que fique parecendo um chapéu.
Pôr a água para ferver com os caldos e despejar os capeletes. Deixar cozinhar por 10 minutos.
Itália à moda mineira
Minas, de fato, são muitas. Cada região guarda suas singularidades, resultado de um povo que também é diverso e faz desta terra um caldeirão de sotaques, sabores e aromas. Em São João del-Rei são os italianos, principalmente, que dão o tom da mistura, com a culinária marcada pela tradição e receitas saborosas. Eles chegaram à cidade há 120 anos, data comemorada em outubro, e deixaram um rico legado cultural ainda cultivado nas colônias Giarola, Felizardo, Recondengo, Maçal e Bengo.Na Giarola, mora Valéria Filomena Taroco, a Filó, que resgatou receitas da avó para dar início à sua produção de massas caseiras. Em uma espaçosa cozinha, ela passa a maior parte do dia rodeada de outras mulheres da família, em especial a filha Lídia Helena, que representa a quinta geração dos Taroco e já arrisca a arte da culinária em seu fogão de brinquedo. Graças ao capelete de carne moída, sua fábrica artesanal de massas rende bons frutos e o sucesso é justificado pelo sabor inigualável do prato.
Se preparado pela família Taroco e como manda os costumes da cucina italiana, não há como resistir. "O capelete tradicional é servido sem molho, só com a água do cozimento das carnes. Pode-se pôr uma colher de vinho no prato", ensina Filó. O sabor é único e, com pitadas de nossa inconfundível mineiridade, fica melhor ainda.