Jornal Estado de Minas

CONGRESSO NACIONAL

Bolsonarista nega comentários transfóbicos contra deputada: 'Narrativa'

O deputado federal Abilio Brunini (PL-MT) negou que tenha feito comentários transfóbicos contra a deputada Erika Hilton (PSOL-SP). Durante a sessão desta terça-feira (11/7) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro, o parlamentar Bolsonarismo foi acusado e uma investigação foi determinada pelo presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União-BA).





“No momento eu tratei isso como uma acusação que não daria nada, até porque não tem nada a se dar, e levei até com humor a situação. Mas a gente precisa restabelecer a verdade. Deputados de esquerda, por não conseguir colar a narrativa em cima do depoente em questão (Mauro Cid), editaram vídeos sem nem sequer uma palavra minha. Não tem uma palavra minha de homofobia, de ataque a Erika”, disse o deputado Brunini

Mais cedo, Hilton havia iniciado sua fala na CPMI apontando que Abílio atrapalhava os trabalhos da comissão e causava tumulto. Logo em seguida sua fala foi interrompida a pedido do senador Rogério Carvalho (PT-SE), que disse que o colega havia proferido uma fala "homofóbica", lembrando que a prática é um crime, e solicitou que Abílio fosse retirado da sessão.

A acusação foi reiterada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) e outros parlamentares presentes. Uma vez que Abílio afirmava que não havia dito nada que ofendesse Hilton, sendo apoiado por outros colegas, o presidente da CPMI determinou uma investigação para averiguar a fala do deputado através de filmagens.

“Não tem um ataque meu a Erika. Sempre a tratei com respeito e não desferi palavra em direção a ela, assim como nenhum outro parlamentar. Deputados de esquerda tem me atacado como homofobico, coisa que eu não admiti. Não posso deixar que essa narrativa seja construída”, disse Brunini ao se defender.

Brunini ainda pediu para que a investigação contra suas falas seja rápida, até para que ele possa usar em representações por calúnia e difamação. “O senador em questão deve ter sido orientado em relação a algum tipo de narrativa para distorcer os fatos”, completou.