Jornal Estado de Minas

SIGILO EXPOSTO?

Flávio Bolsonaro diz acionar a PGR contra Dino por interferência na PF

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) informou que vai entrar com uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, por suposta interferência na Polícia Federal. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez o comunicado durante a sessão conjunta entre deputados e senadores, nesta quarta-feira (26/4).





Flávio Bolsonaro questionou o fato de que Dino tem compartilhado informações de inquéritos da PF nas redes sociais, mas não indicou nenhuma investigação em específico. “Foram mais de 10 vezes que vimos notícias dele tratando de um inquérito sigiloso da Polícia Federal”, exclamou o senador.


O parlamentar disse que o ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem informações privilegiadas na PF em tempo real. “Será que isso não é uma interferência na Polícia Federal? Será que isso não é um direcionamento em função do Flávio Dino divulgar essas informações?”, indagou.

O senador também ressaltou que a CPMI do 8 de janeiro pode ser fundamental para “jogar luz” sobre essas questões. Por outro lado, nas últimas semanas o ministro da Justiça não compartilhou informações sobre as investigações dos atos antidemocráticos, apenas reiterou em suas redes sociais o apoio aos inquéritos.





“Os ‘valentes fakes’ planejaram, incitaram, conspiraram, financiaram, jogaram pedras e esconderam as mãos sujas. E ainda tem a petulância de apontar tais dedos sujos para as vítimas dos crimes. Tenham certeza: a LEI sempre vence e vencerá novamente”, disse Dino em uma publicação.



As últimas informações que foram compartilhadas pelo ministro tratam da operação Escola Segura, que investiga articulações de ataques criminosos contra escolas. “Temos, no momento, 3.403 policiais federais e estaduais atuando diretamente nas investigações e ações de inteligência da Operação Escola Segura. Já foram realizadas 302 prisões ou apreensões. E 270 mandados de busca executados”, afirmou Flávio Dino.