Jornal Estado de Minas

SANTA CATARINA

'Vamos esperar chegar em 300 ataques?', diz Silvio Almeida após massacre

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, repudiou o assassinato de quatro crianças em uma creche de Blumenau, em Santa Catarina, nesta quarta-feira (5/4).


"Nós vamos esperar chegar nos números dos Estados Unidos, que é país que é modelo para muita gente aí? Vamos esperar chegar em 300 ataques por ano em escolas? Com essa gente cultuando armas? Com essa gente querendo dar golpe de Estado no Brasil? Querendo mais é que as pessoas morram de fome? Que crianças e adolescentes vão ter um futuro?", afirmou.





A declaração foi feita durante o evento de lançamento do novo canal exclusivo via WhatsApp (número 61-9610-0180) para registro de denúncias de violência contra a mulher.

"Eu tinha preparado algo para falar hoje, com muita alegria e satisfação, de mais um trabalho de retomada, de recomposição do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, só que eu não estou feliz. Hoje não é um dia de festa, hoje é um dia de tristeza", disse Silvio.
De acordo com o ministro, a sociedade não tem feito o que poderia para as crianças e adolescentes. "Estamos falhando miseravelmente com as pessoas que mais precisam de nós nesse país. E nós temos que admitir isso para poder dar um passo para frente", ponderou.




Violência contra a mulher

No evento, Silvio ressaltou a facilidade de acesso ao WhatsApp para ajudar no combate da violência contra a mulher. "Dificilmente as pessoas não têm essa ferramenta – o que faz com que a agilidade e a disponibilidade do serviço possam ser utilizadas para conectar com os canais de denúncia, auxiliando as mulheres e não só elas, mas todos que fizerem as denúncias”, afirmou.


Além do recurso digital, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou outra novidade: o atendimento exclusivo pelo número 180, que será feito apenas por mulheres. 

“Nós teremos um atendimento específico e especializado para as mulheres que ligarem e quiserem informação e orientação. A partir de hoje, apenas mulheres atenderão as mulheres que fizerem contato”, explicou.