Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Moro sobre Bolsonaro em janeiro: 'Mente. Não é digno da Presidência'

Por Natasha Werneck 


 
O ex-juiz e senador eleito pelo Paraná, Sergio Moro (União-PR), esteve presente neste domingo (16/10) no debate da Band ao lado do candidato Jair Bolsonaro (PL). No entanto, a aliança entre os dois andou estremecida após sua saída do ministério da Justiça e Segurança Pública, em abril de 2020.



Este ano, o magistrado chegou a postar nas redes sociais que o atual chefe do Executivo “mente” e “não é digno da Presidência”.

Em janeiro, Moro escreveu: “Assim como Lula, Bolsonaro mente. Nada do que ele fala deve ser levado a sério. Mentiu que era a favor da Lava Jato, mentiu que era contra o Centrão, mentiu sobre vacinas, mentiu sobre a Anvisa e o Barra Torres e agora mente sobre mim. Não é digno da Presidência”.

Moro criticou Bolsonaro no Twitter, em janeiro (foto: Reprodução/Twitter)


Moro foi ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, entre janeiro de 2019 e abril de 2020. À época da sua saída, o ex-juiz federal se desentendeu com o presidente e alegou que havia interferência na Polícia Federal (PF) por parte da Presidência da República.

As diferenças entre eles, contudo, foram aparentemente resolvidas. Bolsonaro, inclusive, revelou em 6 de outubro que ligou para Moro. "Apagamos o passado", disse o presidente.

Moro condenou Lula a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em 2017, em caso relacionado a um triplex no Guarujá, em São Paulo. Em março de 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações de Lula no âmbito da Lava-Jato por considerar Moro parcial.

Debate da Band


O debate da Band é o primeiro no segundo turno da eleição presidencial.

O próximo e último debate entre os candidatos à Presidência deve ser realizado pela TV Globo, em 28 de outubro, a dois dias da votação no segundo turno, no dia 30.

Lula teve 48,43% dos votos válidos no primeiro turno, em 2 de outubro, e terminou à frente na disputa pela Presidência da República. Já Bolsonaro, que foi o segundo colocado, conseguiu 43,20%.