Jornal Estado de Minas

TENSÃO

Brasília, Rio e São Paulo reforçam segurança para o 7 de Setembro



Em meio ao clima de tensão que marca a campanha eleitoral, as principais capitais do país estão se organizando e reforçando as estruturas de segurança para os desfiles e manifestações políticas de 7 de Setembro. O governo do Distrito Federal montou um esquema de segurança de proporções inéditas para evitar conflitos na manifestação convocada por apoiadores do presidente e pelo próprio Jair Bolsonaro (PL) para a Esplanada dos Ministérios.



O aparato, que mobiliza a Polícia Militar e ainda conta ainda com apoio da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Federal e da Força Nacional, é o maior já feito para uma celebração do Dia da Independência. As forças de segurança dizem estar preparadas para evitar eventuais tentativas de invasão de prédios públicos.

Para a segurança dos ministérios, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, a previsão é de um efetivo maior do que em 2021. A quantidade, porém, é considerada informação sigilosa. A PM destacará uma equipe exclusiva da tropa de choque para proteger o Supremo Tribunal Federal (STF), um dos principais alvos de crítica dos bolsonaristas.

A orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, principal palco da programação oficial da capital fluminense, já apresenta mudanças no trânsito como preparativo do feriado.

Hoje, a prefeitura fará um teste do esquema planejado para o Dia da Independência. Além da pista mais próxima da praia, que já funcionará como área de lazer, ficarão fechadas, das 7h às 18h, as faixas próximas ao prédios, entre as ruas Francisco Sá e Joaquim Nabuco — mesmo trecho que terá o tráfego de veículos proibido na próxima quarta-feira.



Em São Paulo, as comemorações dos 200 anos da Independência ocorrerão no entorno do Museu Paulista, conhecido como Museu do Ipiranga. Está programado um desfile cívico-militar em uma avenida próxima ao museu, e a encenação do grito de D. Pedro I, no Parque da Independência, no Ipiranga. Também é esperada a concentração de movimentos de caráter antidemocrático na Avenida Paulista. A Secretaria de Segurança do estado disse estar monitorando a organização do ato, mas a avaliação é que o clima é menos tenso do que o de 2021, quando havia o temor da participação de policiais armados.