Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

André Quintão é confirmado vice de Kalil e critica Zema: 'Governo omisso'


A Federação Brasil da Esperança (FeBrasil), formada por PT, PCdoB e PV, oficializou, neste domingo (24/7), a indicação do deputado estadual André Quintão (PT) para ser o vice-candidato ao governo mineiro na chapa de Alexandre Kalil (PSD). A aliança com os pessedistas foi formalizada durante a convenção da coalizão entre petistas, comunistas e verdes, em Belo Horizonte.





O PT ensaiou lançar o deputado federal Reginaldo Lopes como candidato ao Senado, mas abriu mão para apoiar Kalil e Alexandre Silveira, nome do PSD para senador. Para viabilizar a aliança ao ex-prefeito de BH, o partido, então, recebeu a vaga de vice.

Segundo Quintão, para além dos cargos, o primordial foi a construção de unidade em torno de um palanque contrário à reeleição do governador Romeu Zema (Novo). “O mais importante, em Minas, é construir um palanque forte para Lula (PT) e uma alternativa concreta para o governo atual, omisso e pouco presente nas políticas públicas”, disse, na Assembleia Legislativa, após a convenção da federação à esquerda.

Para o vice de Kalil, a eleição estadual será influenciada pela disputa nacional protagonizada por Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele apontou semelhanças entre os programas de Bolsonaro e Zema. “Essa disputa reflete projetos políticos nacionais e estaduais distintos. Vamos apresentar, em Minas, um projeto de reconstrução social, econômica, cultural e ambiental muito conectado ao projeto nacional defendido por Lula”, garantiu.





Quintão foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 2002. No Parlamento, ele é líder do grupo de oposição a Zema. “Neste momento do país, temos que colocar os interesses superiores acima de qualquer interesse pessoal ou partidário”, assegurou.

‘Federação baseada em projetos’
Agora unidos em uma federação, batizada de Brasil da Esperança, PT, PCdoB e PV vão precisar atuar unidos por, no mínimo, quatro anos. Na prática, as três legendas terão de trabalhar como se fossem um partido único. As articulações entre os dirigentes das agremiações começaram no ano passado, à época da organização de atos contra Bolsonaro. Depois, houve movimentos para a construção de uma candidatura antiZema. 

“Essa federação foi uma construção (baseada) em projetos, em uma forma de enxergar o mundo, Minas e o Brasil”, pontuou Quintão.

De acordo com Wadson Ribeiro, presidente do PCdoB e um dos vice-presidentes da federação em Minas, o projeto da aliança em torno de Kalil deve contemplar itens como a reindustrialização do estado e o investimento na educação.

“Minas não pode ter um governo que aplaude o desmatamento e a mineração irresponsável”, criticou.

O PT terá 42 candidatos a deputado federal e 56 postulantes a deputado federal. No PV, serão nove candidatos à Câmara e 13 à Assembleia.. O PCdoB, por sua vez, apresentou três nomes no plano federal e outros oito no campo nacional. O objetivo do grupo em Minas é saltar para 16 deputados federais — hoje, são 8.