A Unidade Popular (UP) deverá ter chapa própria, formada por mulheres negras, na disputa pelo governo mineiro. O partido aposta na pré-candidatura de Indira Xavier, que atua como coordenadora da Casa de Referência Tina Martins, em Belo Horizonte. O local acolhe mulheres vítimas de violências. A indicada ao posto de vice é Edna Gonçalves, uma das coordenadoras da Comunidade Esperança, na ocupação Izidora, na Região Norte da capital mineira.
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Edna, por sua vez, está há uma década na equipe de coordenação da ocupação Izidora. Em 2020, ela foi candidata a vereadora em BH, pela mesma UP, mas obteve apenas 381 votos.
Registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 2019, a Unidade Popular é o mais novo partido político em atividade no país. A agremiação se define como legenda de orientação marxista e de oposição aos governos de Jair Bolsonaro (PL) e Romeu Zema (Novo).
Neste momento, Zema, pré-candidato à reeleição, lidera as sondagens de intenção de voto. Os pré-candidatos que buscam enfrentá-lo nas urnas são Alexandre Kalil (PSD), Carlos Viana (PL), Marcus Pestana (PSDB), Miguel Corrêa (PDT), Vanessa Portugal (PSTU) e Lorene Figueiredo (Psol).
Mineiro é o nome do partido à presidência
A Unidade Popular também deve participar da eleição presidencial com chapa "puro-sangue''. Isso porque o pré-candidato da sigla ao Palácio do Planalto é Leonardo Péricles, que em 2020 compôs, como vice, o grupo que apoiou Áurea Carolina (Psol) à Prefeitura de BH.
"Quero convidar o povo a governar Minas Gerais e o Brasil. A UP foi o único partido que conseguiu registro após a nova legislação. Vamos às ruas fazer o que mais sabemos: dialogar com o povo", disse ele, presidente nacional do partido, ao comentar as pré-candidaturas de Indira Xavier e Edna Gonçalves.
A sigla tem três pré-candidaturas a deputado estadual. Para a Câmara Federal, só uma postulante deverá ser lançada.