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Deltan Dallagnol: processo do TCU contra ex-procurador é suspenso

A Justiça Federal do Paraná suspendeu, nesta sexta-feira (3/6), o processo contra o ex-procurador da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, no Tribunal de Contas da União (TCU). 

Para o juiz Augusto César Pansini, existem razoáveis indícios de que é ilegal a tomada de contas especial instaurada pelo TCU.



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O texto diz ainda que Deltan não teria se envolvido na concepção da Lava-Jato.
 
Para ele, Deltan não ordenou despesas e não “arquitetou o modelo de pagamento das diárias e passagens dos colegas”.
 
“A concepção do modelo de funcionamento de uma força-tarefa, sobretudo a forma como as despesas serão pagas, foge das atribuições de um procurador da República de primeira instância”.

“Além do mais, coordenar uma força-tarefa consiste em uma atividade de caráter informal, não constituindo uma atividade administrativa, típica de um gestor de despesas públicas”, prosseguiu o magistrado.



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O juiz também escreveu que “não são, aparentemente, verdadeiras as especulações feitas pelo Ministro Bruno Dantas ”. Dantas é relator do caso.

Um relatório da área técnica do TCU já havia apontado que não houve irregularidade nos pagamentos questionados. 

Entenda o caso

O TCU chegou a determinar que Dallagnol devolvesse R$ 2,8 milhões. De acordo com as investigações, ele teria usado dinheiro público para pagar passagens e diárias, inclusive estadias no mesmo Estado em que o ex-procurador vive.

O site "Poder360" revelou, em fevereiro de 2021, que foram gastos R$ 7,5 milhões em diárias e passagens ao logo dos 7 anos que a Lava-Jato durou.