A ex-ministra Damares Alves (Republicanos) comentou, nesta quinta-feira (5/5), a morte e estupro da menina yanomami. O caso está sendo investigado em Roraima.
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“O estupro dessa menina nos chocou, como nos chocou o estupro da menininha lá entre os Guarani Kaiowá. Infelizmente, esse não é um caso isolado e a gente tem que se levantar como um todo no enfrentamento à violência contra meninas e mulheres indígenas”, disse.
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Depois que uma menina yanomami, de 12 anos, morreu após ser estuprada por garimpeiros que exploravam ilegalmente terras indígenas, todos os 24 indígenas da comunidade Aracaçá permanecem desaparecidos e suas casas foram encontradas queimadas.
Damares relembrou a participação do garimpo no caso. De acordo com lideranças indígenas, o grupo teria comprado o silêncio das vítimas com ouro. Isso porque, sem nenhuma base de proteção permanente da Funai, o garimpo se mantém como o principal indutor da violência na região.
“Esse caso traz a questão do garimpo, mas quero lembrar que os garimpos estão em terras indígenas há mais de 70 anos, de forma irregular, e são muitas as violências. Esse caso dessa menina causou essa repercussão toda, e isso é muito bom porque a gente ainda vai conversar muito sobre violência sexual contra crianças indígenas.”
A ex-ministra também afirmou que casos como esse “acontecem todos os dias”.
“A gente não pode ser pautada por um caso. Temos de ter a consciência de que a gente ter que enfrentar a violência como um todo em área indígena. E lamento, acontece todo dia. A gente vai ter que ter coragem de fazer esse enfrentamento”, disse.