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Estado de Minas ELEIÇÕES

Sergio Moro segue indeciso


26/04/2022 04:00

Sergio Moro, ex-juiz federal
"Eu não vejo nem Lula nem Bolsonaro com credenciais suficientemente democráticas" - Sergio Moro, ex-juiz federal (foto: EDUARDO RAMIREZ/AFP)

Brasília – O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro e ex-juiz federal da Operação Lava-Jato Sergio Moro disse ontem que pode ter papel restrito aos bastidores da política. Então terceiro colocado nas pesquisas para a Presidência da República, empatado com Ciro Gomes (PDT), ele desembarcou do Podemos e ingressou no União Brasil, no fim de março, com discurso de candidato, mas foi logo repreendidio pelos novos correligionários. Uma ala da sigla chegou a emitir nota descartando qualquer chance de permitir que Moro disputasse o Planalto. Moro repetiu que pode não ser candidato a nada.

O União Brasil indicou o presidente da sigla, Luciano Bivar, como o nome do partido para a disputa presidencial. O partido negocia com o PSDB, cujo pré-candidato oficial é João Doria, e com o MDB, de Simone Tebet, uma candidatura única, a ser anunciada em 18 de maio.

Ao participar de sabatina no site UOL ontem, Sergio Moro preferiu não opinar sobre a pré-candidatura de Luciano Bivar e afirmou que a decisão precisa ser respeitada. O ex-juiz ainda disse que tem se qualificado no processo como soldado da democracia. "O partido escolheu o Luciano Bivar como pré-candidato à Presidência da República, e essa decisão tem que ser respeitada", resumiu.

"Em relação a eventual outra candidatura, isso é uma questão que a gente ainda está discutindo. Pode ser que eu não seja candidato a nada. Eu vim com o objetivo de ajudar a romper a polarização e a colocar o Brasil no caminho certo", disse, repetindo o que já havia dito na semana passada. Sobre os dois pré-candidatos à frente nas pesquisas, Moro foi categórico: "Eu não vejo nem Lula nem Bolsonaro com credenciais suficientemente democráticas". Para ele, com a eleição de qualquer um deles, "o país não se estabiliza e nós corremos o risco de caminhar numa direção errada".

O ex-juiz comentou também ser um "mal entendido" a crise entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso e o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio. Segundo Barroso, as Forças Armadas "estão sendo orientadas para atacar o processo (eleitoral brasileiro)". A fala ocorreu no domingo, em videoconferência durante o Brazil Summit Europe 2022. O ministro disse ainda que os militares tentam desacreditar o processo eleitoral brasileiro e que os ataques ao sistema são "infundados e fraudulentos". O ministro da Defesa rebateu o magistrado: "Ofensa grave a instituições".

"Eu acho que esse episódio é todo um mal-entendido e que não vale essa escalada. Espero que esse episódio não escale", comentou Moro. Em nota, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, afirmou que o ministério "repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia''.


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