Jornal Estado de Minas

CONGRESSO

Na reabertura do Congresso, Bolsonaro ataca Lula e faz aceno ao Nordeste

De máscara, o presidente Jair Bolsonaro (PL) participou nesta quarta-feira (02/02) da sessão de abertura dos trabalhos do ano legislativo no Congresso. O chefe do Executivo chegou acompanhado da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, e do ministro da Economia, Paulo Guedes em um recado de que no último ano de governo, as pautas econômicas e políticas precisarão andar juntas.





 

 

 

Bolsonaro sentou-se entre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e o presidente da Câmara, Arthur Lira, junto ainda do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux.


Durante a leitura tradicional da mensagem presidencial, na qual aponta as prioridades do ano, Bolsonaro falou sobre as conquistas e aprovações de sua gestão, destacou a compra de vacinas pelo governo, sinalizou ao agronegócio ao falar da liberação da posse de arma de fogo, acenou ao Nordeste, disse respeitar a harmonia e a independência entre os poderes e, por fim, fugiu do script divulgado à mídia e adicionou ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal opositor político nas eleições deste ano, que aparece ainda na liderança das pesquisas eleitorais e já defendeu a regulação da mídia e a revogação da reforma trabalhista.

"Nunca virei aqui neste parlamento pedir para a regulação da mídia e da internet. Eu espero que isso não seja regulamentado por qualquer outro poder. A nossa liberdade acima de tudo. Também nunca virei aqui para anular a reforma trabalhista aprovada por este Congresso. Afinal, os direitos trabalhistas continuam intactos no art. 7º da Constituição. Sempre respeitaremos a harmonia e independência dos Poderes. Contamos uma vez mais com os senhores para a implementação dos projetos que o Brasil necessita", bradou.





"Reiteramos o nosso compromisso com o Brasil e reafirmamos o nosso objetivo de construir um país mais justo, próspero e voltado ao cidadão. Reafirmo, me sinto hoje parlamentar aqui também. Não deixemos que qualquer um de nós, quem quer que esteja no Planalto Central, ouse regular a mídia. Não interessa porque e por qual intenção e objetivo. A nossa liberdade, a liberdade de imprensa garantida em nossa Constituição não pode ser violada ou arranhada por quem quer que seja nesse país”, concluiu.

Ontem, Bolsonaro não participou da sessão de abertura do ano do Supremo Tribunal Federal (STF) e enviou ao presidente da Corte, Luiz Fux, uma justificativa por escrito, informando que cumpriria agenda sobrevoando cidades atingidas pelas fortes chuvas em São Paulo.

Já Pacheco, abriu o discurso pedindo um minuto de silêncio pelas mais de 628 mil mortes pela COVID-19 no país. Antes da sessão no Congresso, houve a execução do Hino Nacional.