Jornal Estado de Minas

FRENTE NACIONAL

Frente de prefeitos discute, em Brasília, colapso do transporte público

Mais de 60 prefeitos de cidades com mais de 80 mil habitantes se reunirão, nesta quarta-feira (8/12), em Brasília, no que eles chamam de "Dia D", para levar ao Congresso Nacional uma série de pautas que consideram urgentes para suas cidades. O colapso do sistema de transporte público urbano vivido em todo o país será o tema principal da mobilização articulada pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP). 





Os prefeitos de cidades de médio e grande porte, entre eles o de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), terão encontro com deputados federais para discutir o avanço nas pautas de socorro emergencial ao transporte público. 

A FNP defende a criação de um auxílio federal permanente e uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com a desoneração do combustível para os ônibus.

A decisão de promover o encontro foi tomada durante a 81ª Reunião Geral da FNP, que aconteceu em 26 de novembro, em Aracaju. Na ocasião, os prefeitos afirmaram que os municípios pedem "socorro” e que a medida se faz necessária para que o transporte público não entre em colapso. 

Educação e piso salarial


Outra pauta que será discutida é a aprovação da PEC 13/2021, que estende para 2023 o prazo para que estados e municípios apliquem o mínimo de 25% da receita na educação não despendidos em 2020 e 2021. 





O texto, apoiado por prefeitas e prefeitos, estende para 2023 o prazo para que municípios possam aplicar o mínimo não cumprido. A PEC é vista como uma alternativa temporária, que garante que os cerca de R$ 15 bilhões não gastos pelos municípios fiquem no ensino.

Também estão na pauta dos debates a PEC 122/2015, que proíbe a criação de novas responsabilidades para os municípios sem a respectiva destinação dos recursos; o reajuste do piso do magistério pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), caso a União não aporte recursos específicos para custeá-lo, e o piso da enfermagem, que, segundo a FNP, também precisa que a União indique os recursos federais para o custeio estimado em R$ 12,6 bilhões.

A agenda inclui uma visita dos prefeitos aos gabinetes e um ato político de encerramento.

audima