Jornal Estado de Minas

ALTERNATIVA

Aliado sugere que Bolsonaro rume ao PSC: 'Partido mais fiel nas votações'

Em meio ao imbróglio sobre a nova legenda de Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado federal Bibo Nunes (PSL-RS), um dos mais fiéis aliados do presidente da República, surgiu nesta segunda-feira (15/11) com o que considera ser a solução. O parlamentar sugeriu que Bolsonaro se filie ao Partido Social Cristão (PSC).





"Continuo dizendo que a melhor opção para Bolsonaro é o PSC. É o partido mais fiel nas votações, não tem compromissos com a esquerda e tem 11 deputados federais. É o suficiente para vencer em 2022, com dignidade e honra", disse Bibo, pelo Twitter.




Bolsonaro está sem partido desde o fim de 2019, quando deixou o Partido Social Liberal (PSL). Ele estava apalavrado com o Partido Liberal (PL) e tinha, inclusive, agendado a filiação para o próximo dia 22. Divergências com o "cacique" do partido, Valdemar da Costa Neto, porém, suspenderam o evento.

O presidente da República já passou pelo PSC, sugestão de Bibo para a eleição de 2022. Ele esteve na legenda entre 2016 e 2018, quando saiu para montar, no PSL, a estrutura que o alçou ao Palácio do Planalto.



Bolsonaro tem longo histórico de mudanças partidárias. Ele pertenceu a legendas como os extintos Partido Progressista Brasileiro (PPB) e Partido da Frente Liberal (PFL). Compôs, também, os quadros do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e do Partido Progressista (PP).

Antes de ir ao PSL, chegou a ter acordo verbal com o Patriota, à época Partido Ecológico Nacional (PEN). A legenda mudou de nome justamente para receber Bolsonaro e seu séquito. As conversas com o partido foram brevemente retomadas neste ano, com a filiação do senador Flávio Bolsonaro (RJ), mas esfriaram.

Salles prega cautela, mas presidente projeta 'casamento' 


Enquanto parte dos aliados sugere soluções para Bolsonaro após os problemas com o PL, o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é defensor da cautela.



"Não é fácil para o presidente escolher um partido. São muitas variáveis: diversas realidades de xadrez regional, coligações, montagem de chapas etc. Se fosse fácil já tinha escolhido. Deixa ele em paz. Vamos aguardar", escreveu ele, também nesta segunda (15).



Em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), onde cumpre agenda até amanhã (16), Bolsonaro usou sua metáfora predileta - a matrimonial - para definir o atual estágio das tratativas com os peelistas.

"Eu espero em pouquíssimas semanas, duas, três, no máximo, casar ou desfazer o noivado. Mas eu acho que tem tudo para a gente casar e ser feliz", projetou. 

Um dos impasses de Bolsonaro e PL seria a boa relação do partido com São Paulo, estado governado por João Doria (PSDB), pré-candidato à Presidência da República em 2022. A legenda tem resistências em cortar relações com Doria e lançar apoio integral a Bolsonaro, que busca este eleitorado paulista.

"O que acontece: alguns estados, que para mim, para a possível eleição, se eu vier a ser candidato, são vitais, como São Paulo. Ele tem um compromisso em São Paulo, que tem mais de 30 milhões de eleitores", afirmou Bolsonaro.



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