Jornal Estado de Minas

ATO

Protesto contra Bolsonaro termina na Praça Sete, no Centro de BH


"Dias melhores virão. Fora Bolsonaro." O cartaz feito pelo empresário Paulo Flamarion, de 65 anos, está presente em quase todas as manifestações contrárias ao presidente da República. E não foi diferente neste sábado (2/10), quando centenas de pessoas se juntaram na Praça da Liberdade, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, para mostrar descontentamento com o governo atual.





Por volta das 19h, já na Praça Sete, os manifestantes ocuparam os quatro quarteirões e encerraram o ato. 



 
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"Esse cartaz chama muita atenção das pessoas. Acho que simboliza o meu pensamento efetivamente. Dias melhores virão para o país quando esse camarada sair do governo", explica Paulo. O manifestante defende os protestos que ocorrem em mais de 200 cidades pelo país.
 
Manifestante em BH (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/DA PRESS )
 
"A população precisa se manifestar cada vez mais. Ele tem uma distância dos anseios sociais e até da economia. Sou empresário e sei da importância da economia forte, mas os objetivos dele são sempre pessoais", diz, além de criticar a postura do presidente durante a pandemia de COVID-19. "A conduta diante do coronavírus também é lamentável... E olha o desprezo com a vacina."
 

Movimento contra Bolsonaro 


Além do coletivo “Fora Bolsonaro!”, os partidos PT, PSOL, PSB, PSD, PSDB, PV, PSL, UP, PCB, PSTU, PCO, PCdoB, PDT, PL, Rede, Podemos, Cidadania, Solidariedade e Novo estão nas ruas. Em BH, a maioria dos manifestantes pedem Lula para voltar a assumir o país em 2022, mas há também um grupo que preferem Ciro Gomes.



A vereadora Professora Duda Salabert (PDT) compareceu na manifestação contrária ao governo em BH: "O maior risco à democracia, ao meio ambiente e à vida, hoje, é o Jair Bolsonaro"
 


A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) discursou contra o presidente e também criticou o governador Romeu Zema (Novo). "Lamentavelmente recebemos um genocida em Belo Horizonte", escreveu sobre a visita de Bolsonaro na última quinta-feira.



Por volta das 17h, os manifestantes começaram a descer a Avenida Brasil no sentido área hospitalar. O objetivo é descer pela Avenida Afonso Pena até a Praça Sete, no Centro da capital. 

A artista plástica Nilo Siqueira, de 26, diz que participar da manifestação é uma forma de mostrar que nem toda população apoia o governo. Às 15h30 de sábado, nem ficar debaixo do sol de 32 graus desanimou. 




 
'Fora Genocida', diz a placa de Nilo Siqueira (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/DA PRESS )


"Ainda bem que não foi 11h por causa do sol, mas se fosse eu viria de qualquer forma", afirmou. "Vim a favor do SUS, a favor da população LGBTQIA%2b. Acho importante pra mostrar como a população está se sentindo, principalmente com todos os escândalos da CPI que a gente vê."