Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso se manifestou nesta quinta-feira (9/9) sobre atos da última terça-feira (7/9), feriado pelo Dia da Independência do Brasil. O 7 de setembro deste ano foi marcado por manifestações bolsonaristas em todo o país e contou com a participação de Jair Bolsonaro (sem partido), presidente da República, nos eventos em Brasília, durante a manhã, e São Paulo, na parte da tarde.
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Senadores repercutem falas de Fux e de Lira sobre Bolsonaro; veja''Manifestação no 7 de Setembro é preparatório para golpe'', diz deputado Fux cobra dedicação de lideranças aos "problemas reais" do Brasil; leia a íntegraCiro Gomes anuncia presença em manifestação contra Bolsonaro na PaulistaCom general e ministro do TCU, comissão é criada para fiscalizar eleiçõesSegundo Barroso, que também é ministro do STF, o Brasil caminha para uma lista de países como Nicarágua, El Salvador, Filipinas e Polônia, com descrédito da democracia sem golpes militares, mas com a ação do atual chefe de Estado. "O populismo arruma inimigos para justificar seu fiasco, ora o comunismo, ora imprensa, ora os tribunais", disse Barroso.
O ministro do STF e presidente do TSE também afirmou que a ditadura não é algo bom e que 'novas gerações são presas fáceis desses autoritários'. Em outro momento, Barroso disse: "O slogan do Brasil: conhecerás a mentira, e a mentira te aprisionará", além de já ter abordado anteriormente que estava ficando 'cansativo' desmentir Bolsonaro e os apoiadores bolsonaristas.
Sobre o sistema eleitoral, Barroso fez longa defesa e disse que contagem manual de votos seria como regredir 'à caneta tinteiro'. "Para maus perdedores, não há remédio na farmacologia jurídica", também disse.
Barroso também chamou as acusações de Bolsonaro de 'retórica vazia' e 'política de palanque'. O ministro colocou que esses atos acontecem em meio a um cenário de fracasso econômico e social.