Jornal Estado de Minas

7 DE SETEMBRO

PSD diz que ato foi 'acima do tom' e estuda impeachment de Bolsonaro

O Partido Social Democrático (PSD) anunciou na noite desta terça-feira (7/9) a formação de uma comissão para "acompanhar os desdobramentos das manifestações do governo neste 7 de Setembro e avaliar as reações às ameaças realizadas ao Estado democrático".




 
Em nota, o partido afirma que a comissão será formada pelo deputado federal Antonio Brito, pelo senador Nelson Trad, além do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab. Os três vão se reunir para definir os demais nomes do colegiado.
 
"A cada dia vemos aumentar a instabilidade e o PSD está acompanhando essa situação com muita atenção. Temos avaliações de alguns importantes juristas apontando que apenas as falas, as manifestações, seriam razões suficientes para justificar o processo", iniciou Kassab em nota.

"Vamos acompanhar a conduta do governo para determinar, ou não, a defesa e o apoio a um eventual processo de impeachment do presidente da República", complementou.
 

 
O presidente do PSD também afirmou que não era adequado banalizar o instrumento de impeachment. "Tivemos hoje a temperatura mais elevada, manifestações muito duras, acima do tom. Começam a surgir indicativos importantes, que podem justificar o impeachment. A fala de que o presidente não vai acatar decisões judiciais é muito preocupante", disse.




 
Através do Twitter, o PSD também anunciou a decisão.
 
 
 
Veja a nota na íntegra:

 

"O Partido Social Democrático irá formar nesta quarta-feira (8/9) uma comissão para acompanhar os desdobramentos das manifestações do governo neste 7 de setembro e avaliar as reações às ameaças realizadas ao Estado democrático. A comissão será formada pelos líderes do partido na Câmara, Antonio Brito, e no Senado, Nelson Trad, e pelo presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, que se reunirão para definir os demais nomes do colegiado.

 

"A cada dia vemos aumentar a instabilidade e o PSD está acompanhando essa situação com muita atenção. Temos avaliações de alguns importantes juristas apontando que apenas as falas, as manifestações, seriam razões suficientes para justificar o processo. Vamos acompanhar a conduta do governo para determinar, ou não, a defesa e o apoio a um eventual processo de impeachment do presidente da República", afirmou Kassab nesta terça.

 

Ele destacou ainda que vinha afirmando que não era adequado banalizar o instrumento do impeachment já que o Brasil teve, desde sua redemocratização, cinco presidentes e dois deles tiveram impedimentos durante o mandato. "Tivemos hoje a temperatura mais elevada, manifestações muito duras, acima do tom. Começam a surgir indicativos importantes, que podem justificar o impeachment. A fala de que o presidente não vai acatar decisões judiciais é muito preocupante", avaliou."
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Ricci 




audima