Jornal Estado de Minas

INVESTIGAÇÃO

Justiça autoriza quebra dos sigilos bancário e fiscal de Carlos Bolsonaro

A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) na investigação que apura a contratação de funcionários fantasmas no gabinete do parlamentar. Além do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), outras 26 pessoas e sete empresas são investigadas na operação.




 
O caso vem sendo investigado há dois anos pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que levantou a suspeita de que vários assessores que trabalham para o parlamentar não cumprem a jornada de trabalho de 40 horas semanais, como está previsto no regulamento da Câmara Municipal.

A intenção do Ministério Público é investigar se a contratação de funcionários foi um instrumento usado para que Carlos Bolsonaro desvie salários.

Uma das pessoas citadas na investigação é Ana Cristina Valle, segunda mulher de Jair Bolsonaro, que teria sete parentes com emprego na Câmara. 

Cunhada de Ana Cristina, a professora Marta Valle também foi citada. Segundo o Ministério Público, ela sempre morou em Juiz de Fora, em Minas Gerais, mas passou mais de sete anos lotada no gabinete de Carlos.

Quantidades de dinheiro
 
Na investigação, o MP identificou que o vereador manteve e utilizou grandes quantias de dinheiro vivo ao longo dos mandatos no Rio.

Em 2003, ele pagou R$ 150 mil em espécie na compra de um apartamento na Tijuca, na Zona Norte do Rio. Seis anos mais tarde, o vereador entregou R$ 15,5 mil, também em espécie, pra cobrir um prejuízo que teve na bolsa de valores.  

Carlos Bolsonaro foi eleito vereador em 2001 e já cumpre seis mandatos consecutivos. 





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