Jornal Estado de Minas

Oito dos 11 vereadores de Passos pedem abertura de CPI da COVID-19

Oito vereadores protocolaram na Câmara de Passos, no final da tarde desta quinta-feira (8/7), pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apuração de fatos relacionados à COVID-19 no município, em seus aspectos financeiros, aquisição de bens, vacinação e outros que se relacionam ao assunto. O documento é endereçado ao presidente da Câmara, Alex Bueno (PSD).





Assinaram o documento os vereadores Luiz Carlos de Souto Junior (DEM), Aline Gomes Macedo de Souza (PL), Edmilson Amparado (MDB), Francisco Assis Sena Carvalho (Podemos), Plínio Costa de Andrade (Progressista), Michael Silveira Reis (Progressista), Gilmara Silveira de Oliveira (PDT) e João Serapião (PL).

Não assinaram o documento apenas dois vereadores: Dirceu Soares Alves (PSD) e Maurício Antônio da Silva (PSL).

No documento, os signatários dizem que o Controlador Geral adjunto do município, Jefferson Rodrigues Faria, em matéria publicada em diversas mídias, teria dito que existem indícios e também comprovação de irregularidades, tanto na vacinação quanto no pagamento de horas extras aos brigadistas de enfrentamento à COVID-19.

Pedido de instalação de CPI da COVID em Passos tem a assinatura de 8 vereadores (foto: Reprodução)


O documento que pede a instauração de uma CPI da COVID em Passos lembra que a Coordenadora das Unidades Básicas de Saúde, Clarissa Carneiro Leão Batista, durante a prestação do 1° quadrimestre à Comissão de Saúde e Assistência Social, no dia 16 de junho deste ano, afirmou que o município usou apenas 17% do recurso recebido para enfrentamento à COVID-19.




Segundo o vereador Francisco Sena, o intuito é reunir os documentos com mais agilidade. “Assinei porque quero ter os documentos para esclarecer a comunidade a respeito do assunto. A CPI confere agilidade. Por meio de requerimentos demora muito”, comentou.

Alex Bueno, presidente do Legislativo, disse que teve conhecimento do protocolo da solicitação: "Será analisado junto à Secretaria Jurídica quais os passos a serem seguidos conforme as normas do regimento interno da Câmara Municipal”.

O prefeito Diego Oliveira foi procurado pela reportagem para comentar o assunto, mas não foi encontrado.