A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 marcou o depoimento do líder do governo da Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), para. As datas, entretanto, sempre podem mudar, a depender do andamento dos trabalhos da comissão. Barros tem pedido aos senadores, tendo recorrido até ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que seja logo ouvido. Inicialmente, após requisição de senadores da base, a CPI havia marcado o depoimento para esta quinta-feira (8/7).
Leia Mais
CPI: Roberto Dias nega indicação de Ricardo BarrosBolsonaro desiste de indicar aliado de Ricardo Barros para presidência da ANSRegina Célia diz desconhecer que Ricardo Barros exerça influência na SaúdeZema amplia desgaste com deputados; líder do governo pede 'silêncio'Marcos do Val: 'Vou ter que me fantasiar de Randolfe para falar na CPI'O deputado Luis Miranda disse que levou ao presidente Jair Bolsonaro suspeitas do rmão servidor em relação à negociação de importação da vacina indiana Covaxin, do laboratório Bharat Biotech, representada no Brasil pela empresa Precisa Medicamentos. O governo assinou contrato com a Precisa em 25 de fevereiro para compra de 20 milhões de doses ao valor de R$1,6 bilhão.
A Precisa Medicamentos é do mesmo grupo da empresa Global Saúde, que há pouco mais de três anos, não honrou um contrato fechado com o governo, causando prejuízo de R$ 20 milhões aos cofres públicos, como já apontado pelo Ministério Público Federal (MPF). Na época em que houve esse problema com a Global, Barros era ministro da Saúde.
Um contrato de R$ 5 bilhões chegou a ser assinado para a aquisição de 60 milhões de doses, a US$ 17 cada, mas foi rompido pelo laboratório com a Belcher Farmacêutica, com sede em Maringá (PR), que era a representante do laboratório no Brasil. Barros já foi prefeito de Maringá. Um dos sócios da Belcher é filho de Francisco Feio Ribeiro Filho, que atuou na gestão de Barros na prefeitura da cidade.
A Belcher foi alvo da Operação Falso Negativo, no Distrito Federal, do Ministério Público e da Polícia Civil do DF, deflagrada em março deste ano. A operação apurava suspeitas de fraude na compra de testes rápidos para covid-19.