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Estado de Minas ESTUDO PARALELO

Corregedoria do TCU quer afastamento cautelar de auditor

Autor de estudo com informação falsa sobre COVID-19, Alexandre Costa já foi destituído de suas funções na secretaria que acompanha gastos públicos na pandemia


08/06/2021 18:34 - atualizado 08/06/2021 18:49

O clima dentro do TCU é de comoção, pois a credibilidade da instituição ficou ameaçada(foto: Barbara Cabral/Esp.CB/D.A Press)
O clima dentro do TCU é de comoção, pois a credibilidade da instituição ficou ameaçada (foto: Barbara Cabral/Esp.CB/D.A Press)
A presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministra Ana Arraes, autorizou a abertura de processo administrativo disciplinar contra o auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques. O corregedor do Tribunal, ministro Bruno Dantas, pediu o afastamento cautelar do servidor.

Alexandre, que fez o “estudo paralelo” sobre a COVID-19, já foi destituído de suas funções na secretaria que acompanha os gastos públicos com equipamentos de enfrentamento da pandemia.

O “estudo paralelo” foi citado na segunda-feira (7/6) pelo presidente Jair Bolsonaro. A tese falsa preparada pelo auditor do TCU diz que metade das mortes pelo COVID-19 no país não aconteceram.

Afirma ainda que os governadores inflaram os números de óbitos para receberem mais recursos da União.

Leia também: CPI vai votar quebra de sigilo de auditor que fez estudo paralelo sobre a COVID-19

O ministro Bruno Dantas pediu à área de tecnologia do TCU todas as informações relacionadas ao trabalho de Alexandre na secretaria que lida com inteligência e combate à corrupção na Corte de Contas.

Houve uma pressão enorme para que o corregedor agisse diante do envolvimento do Tribunal com notícias falsas.

O clima dentro do TCU é de comoção, pois a credibilidade da instituição ficou ameaçada a partir do momento em que um estudo falso foi apontado como de sua autoria.

Para acalmar os ânimos, o Tribunal soltou nota oficial negando relação com a tese falsa e reforçando a abertura de processo contra Alexandre.

Veja a íntegra da nota:

“O TCU esclarece que não há informações em relatórios do tribunal que apontem que “em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram por Covid”, conforme afirmação do Presidente Jair Bolsonaro divulgada hoje.

O TCU reforça que não é o autor de documento que circula na imprensa e nas redes sociais intitulado “Da possível supernotificação de óbitos causados por Covid-19 no Brasil”.

O documento refere-se a uma análise pessoal de um servidor do Tribunal compartilhada para discussão e não consta de quaisquer processos oficiais desta Casa, seja como informações de suporte, relatório de auditoria ou manifestação do Tribunal.

Ressalta-se, ainda, que as questões veiculadas no referido documento não encontram respaldo em nenhuma fiscalização do TCU. Será instaurado procedimento interno para apurar se houve alguma inadequação de conduta funcional no caso.”


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