Jornal Estado de Minas

TROCA DE PARTIDO

Jean Wyllys anuncia saída do Psol e filiação ao PT

O ex-deputado federal Jean Wyllys anunciou, nesta quinta-feira (20/5), sua saída do Psol (Partido Socialismo e Liberdade) e a filiação ao PT (Partido dos Trabalhadores). Uma cerimônia on-line na segunda-feira (24/5) marcará seu ingresso ao novo partido – com a participação dos ex-presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.





"Só quero saber do que pode dar certo. Não tenho tempo a perder", disse Jean, ao compartilhar a notícia da filiação ao PT em uma postagem no Twitter. 
 
 

Já o perfil do PT na mesma rede social deu as boas-vindas ao político. “Seja bem-vindo ao Partido dos Trabalhadores, @jeanwyllys_real!”.
 
 
 
Em entrevista à Revista Veja, Jean explicou a troca de legendas. “As pesquisas mostram que Lula é o único capaz de tirar Bolsonaro do poder. Agora é hora formar uma frente democrática, não fragmentá-la”. 

Mudança de partido e ameaças 


Ele afirma que não pretende se candidatar a nenhum cargo eletivo e nem ser nomeado para cargos em um possível governo petista. Seu intuito é ajudar a elaborar um programa de governo comprometido com uma agenda econômica sustentável, defesa dos Direitos Humanos e o combate às fake news. 





“Da política ampla não vou sair nunca, até porque sou um estudioso que analisa o que vem acontecendo no Brasil, mas não tenho o desejo de voltar a concorrer. Hoje, o que quero é ajudar a reconstruir o Brasil e abraçar a minha mãe.”

Jean vive em Barcelona, onde faz doutorado em Ciências Políticas na Universidade de Barcelona, custeado pela fundação Open Society. 

Em 2019, ele abriu mão do terceiro mandato legislativo em funcção de ameaças que vinha recebendo. Jean afrmou que o número de mensagens hostis aumentou muito após o assassinato da vereadora Marielle Franco, em março de 2018.

Desde então, ele vivia sob escolta policial e decidiu sair do país. 

“Há quem diga que renunciei ao meu terceiro mandato e saí do país porque quis, mas a verdade é que estava sendo vítima de uma série de ataques. Fui obrigado a deixar o país porque a Marielle, minha amiga e companheira de partido que vivia na mesma cidade que eu, foi executada sem receber uma ameaça de morte sequer e eu tinha várias delas. O exílio tirou de mim o convívio com os amigos e a família”, explicou. 

O ex-deputado disse, ainda, que só pretende voltar ao Brasil quando sentir que não há mais risco para sua integridade física. 
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina





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