Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Pedro Patrus assume segunda vaga do PT na Câmara de BH

Vereador de Belo Horizonte de 2013 a 2020, Pedro Patrus (PT) está de volta à Câmara Municipal. Ele tomou posse nesta segunda-feira (29/3), para substituir Sônia Lansky da Coletiva, que renunciou na semana passada.



Filho do deputado federal Patrus Ananias, Pedro era o primeiro suplente do Partido dos Trabalhadores e, por isso, herdou a vaga deixada por Sônia.

Pediatra e epidemiologista, ela era acompanhada por nove covereadores, com quem compartilhava as decisões referentes ao mandato – o nome Coletiva, que acompanhava a alcunha parlamentar da médica, fazia menção ao grupo que a sustentava.

O novo vereador belo-horizontino prometeu conversar com a antecessora para incorporar as pautas defendidas por ela. Sônia era militante em prol do início das atividades da Maternidade Leonina Leonor Ribeiro, em Venda Nova, fechada há uma década.



Pedro garantiu procurar a colega para tratar do tema. “Com certeza é algo importante para a nossa cidade e estará no nosso mandato”, disse.

Pedro Patrus tem afinidade com temas como os direitos da população LGBTQIA e a defesa das políticas de assistência social. O enfrentamento à pandemia do novo coronavírus também vai compor o escopo de atuação do recém-empossado.

“Vivemos a maior crise sanitária da história e temos um governo federal e estadual completamente omissos no combate à pandemia. Temos pessoas morrendo, pessoas desempregadas e uma crise social decorrente desta pandemia”, criticou.

Na eleição passada, Pedro Patrus obteve 4.268 votos. Antes de retornar à Câmara, trabalhou como assessor parlamentar do também petista André Quintão, um dos 77 integrantes da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).



Macaé Evaristo, ex-secretária de Estado de Educação, é a outra representante do PT no Legislativo belo-horizontino.

Grupo de Sônia vai continuar atuando


Sônia Lansky alegou questões de saúde para deixar a vereança. Apesar disso, a ColetivA – nome originalmente grafado assim – pretende, mesmo sem mandato efetivo, manter atuação política.

O grupo promoveu plenária na semana passada e decidiu continuar encampando, publicamente, as bandeiras defendidas pela coalizão, como a defesa dos LGBTQIA , a luta contra a discriminação racial e a instituição de renda básica municipal.

O Estado de Minas apurou que representantes da ColetivA veem como possibilidade factível a incorporação de alguns dos covereadores aos mandatos do PT.

À reportagem, Pedro Patrus disse ainda não ter conversado com o grupo e com Macaé Evaristo, que lidera a bancada do partido, mas ressaltou a proximidade com as pautas defendidas pela ColetivA. Macaé, por seu turno, foi procurada por meio de sua assessoria, mas ainda não se pronunciou.

Na semana passada, o diretório municipal do PT emitiu comunicado reconhecendo a legitimidade do grupo que dava apoio a Sônia Lansky.

“Contem, também, com nosso apoio para que este coletivo continue na militância, ficando assim o PT com três mandatos, se somando ao da Macaé e do Pedro Patrus e reconhecendo os 4.793 votos obtidos pela Coletiva”, escreveu Guilherme Guimarães Jardim, que preside o partido em BH.



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