Jornal Estado de Minas

INVESTIGAÇÃO

PC cumpre mandado na casa de vereador e ele é afastado do cargo em MG

 

A 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Araxá desencadeou nesta segunda-feira (8/3) a Operação ‘Donum’ depois de cumprir mandados de busca e apreensão nas residências do vereador Zidane, de Araxá, e de um dos seus assessores, investigados por compra de votos durante o último período eleitoral. O nome da operação vem do latim, que significa um presente, doação ou brinde, fazendo alusão à compra de votos.




 
 
 
Devido ao fato, a Câmara Municipal de Araxá recebeu uma intimação judicial do juiz eleitoral Renato Zupo, determinando o afastamento do vereador e de seus quatro assessores por tempo indeterminado. Mas, apesar do político estar impedido de ir até à Câmara, ele continuará recebendo o seu salário. Por outro lado, ainda conforme a determinação judicial, os seus assessores devem ser exonerados.
 
De acordo com o delegado regional, Vitor Hugo Heisler, durantes as buscas foram apreendidos celulares, notebooks e documentos diversos, os quais serão periciados e servirão como objeto de prova para instruir as investigações, que são coordenadas pelo delegado Conrado Costa da Silva.
 
O advogado de Zidane, Walter Gustavo Ferreira da Silva, afirmou por meio de nota que o vereador, que foi eleito com mais de 900 votos, desconhece a prática de qualquer irregularidade em sua campanha eleitoral, que foi pautada na honestidade e respeito à democracia.





“Seus eleitores sabem que nunca receberam qualquer quantia de dinheiro, favores ou quaisquer coisas para votarem em Zidane. 
 
O seu êxito no último pleito eleitoral se deu unicamente pelas pautas que defende e que a população araxaense sentiu a necessidade de serem defendidas no âmbito do legislativo de nossa cidade.
 
Ademais, manifesta o total repúdio de parte da mídia araxaense, que de forma infeliz e irresponsável, noticiou os fatos ocorridos de maneira sensacionalista, buscando a depreciação da figura de Zidane. 
 
Recorda-se, que a citada mídia, desde a campanha eleitoral, busca desqualificar a figura de Zidane, e as medidas judiciais cabíveis serão tomadas.
 
Por fim, todas as informações quanto aos fatos, serão prestadas ao órgão investigador e ao judiciário, por meio oficial, sempre buscando a colaboração para rápida elucidação dos fatos”, diz a nota.




 
Em entrevista ao Portal Imbiara, o vereador se pronunciou no final da tarde desta sexta-feira (8/3): 
 
“Um dos meus apoiadores tinha a promessa de ser um dos meus assessores, porém, quando eu ganhei e a Câmara foi contratar ele, não deu certo porque ele tinha a ficha suja. Então, por esse motivo não pode contratar. Então, ele começou a inventar mentiras.
 
Fui surpreendido com uma notícia triste dizendo que ele foi na Delegacia de Polícia Civil e prestou um depoimento carregado de mentiras, dizendo que eu comprei voto, pagava para colar aqueles adesivos nos carros.
 
Não tem ligação nenhuma do Zidane com compra de voto”, declarou.

audima