O deputado estadual Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) voltou a atacar a impresa nesta segunda-feira (1º/3). Em um post feito nas redes sociais, o filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou jornalistas de “jornazistas”.
Jornazistas, decidam-se:
%u2014 Eduardo Bolsonaro%uD83C%uDDE7%uD83C%uDDF7 (@BolsonaroSP) March 1, 2021
-Ou o governo fed. NÃO TEM PODERES para abrir/fechar tudo e, logo,não pode ser responsável pelo lockdown alheio
-Ou tem poderes para abrir/fechar e pode ser CULPADO por isso
Os dois não dá! Assim fica muito fácil mostrar que a culpa não é do Bolsonaro.
Segundo Eduardo, os jornalistas precisam decidir se o governo federal tem ou não “poderes” sobre as medidas de enfrentamento da COVID-19 no Brasil.
De acordo com o deputado, o jeito que a imprensa divulga os dados faz “ficar muito fácil mostrar que a culpa não é do Bolsonaro”.
Repúdio
Na manhã desta segunda, governadores assinaram uma nota de repúdio contra o presidente. Ao todo, 19 dos 27 governantes se colocam contra Bolsonaro, após um post feito nesse domingo (28/2), com valores relativos a repasses aos estados em 2020, ano marcado pela pandemia de COVID-19, que já matou 254.942 pessoas no país (dados do Ministério da Saúde).
Na conta elaborada por Bolsonaro, os dados dos repasses foram retirados do Portal da Transparência, Localiza SUS e Senado Federal. O presidente considera no montante 'valores diretos' (saúde e outros), 'valores indiretos' (suspensão e renegociação de dívidas) e ainda cita, de forma separada, o repassado em auxílio emergencial enquanto ele esteve em vigor.
Negacionismo
Durante a pandemia do novo coronavírus no Brasil, Bolsonaro chegou a negar a existência do vírus e o chamou de “gripezinha”. O presidente também recomendou o uso de medicamentos e tratamentos sem comprovação científica.
O chefe do Executivo foi contra a vacinação no país e já garantiu que não quer ser imunizado.
O chefe do Executivo foi contra a vacinação no país e já garantiu que não quer ser imunizado.
Estados e municípios
Em abril do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que estados e municípios têm o poder de estabelecer políticas de saúde, inclusive questões de quarentena e a classificação dos serviços essenciais.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.