O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a gerar aglomeração na orla de Praia Grande, município do litoral de São Paulo, nesta sexta-feira, 1º de janeiro. Sem máscara, ele se aproximou de banhistas após saltar de uma embarcação e nadar em direção à faixa de areia, momento em que foi cercado por admiradores.
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'Bolsonaro gosta do cheiro da morte e do dinheiro das rachadinhas', diz DoriaBolsonaro e governadores se revezam na trincheira da pandemiaBolsonaro nomeia seu ex-chefe de gabinete para Secretaria-Geral da PresidênciaDesde segunda-feira, 28, o presidente está hospedado no Forte dos Andradas, no Guarujá, também na Baixada Santista. Na quarta-feira, 30, ele já havia causado aglomeração ao visitar a orla de Praia Grande, novamente sem máscara, ocasião em que chegou a tirar fotos e abraçar crianças e idosos.
Em transmissão ao vivo na quinta-feira, 31, ele criticou autoridades que tomaram medidas para evitar aglomerações e restringir a circulação de frequentadores nas praias, o que classificou de "irracionalidade".
Críticas de Doria
A atitude de Bolsonaro foi criticada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). "No momento em que o Brasil precisa de paz e atitudes para combater a pandemia e salvar vidas, o presidente Jair Bolsonaro nos ataca mais uma vez, covardemente. A inoperância e o negacionismo do governo desse presidente, estimularam a morte de 194 mil brasileiros para a covid-19", declarou em rede social.
Mais de mil mortes em um dia
Na quinta-feira, 31, o Brasil registrou 1.036 mortes e outras 55.811 pessoas infectadas pelo coronavírus, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa divulgado na quinta-feira e formado pelo jornal O Estado de S. Paulo, G1, O Globo, Extra, Folha de S.Paulo e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde. No total, são 194.976 mortes registradas e 7.675.781 pessoas contaminadas pela COVID-19 no Brasil.