Jornal Estado de Minas

GREENFIELD

'Não estou aqui para trabalhar muito', diz procurador sobre Operação da PF


Um procurador da República do Rio Grande do Sul ajudou a reforçar no imaginário do cidadão brasileiro a imagem de que boa parte dos servidores públicos não gosta de trabalhar.

 

Em ofício de 14 páginas enviado à PGR, Celso Três, encarregado desde novembro de comandar as investigações sobre desvios milionários em fundos de pensão, afirma que ''decididamente, não estou aqui para trabalhar muito''.





 

O procurador afirma sobre se esforçar no trabalho que ''já o fiz na ‘gringolândia’ e, chegado a Porto Alegre a bordo do êxodo rural, servido por apetitoso ‘x-mico’ no correr de largo tempo. Ou seja, trabalhei pela sobrevivência, não porque achasse bom''. Gringolândia é uma região no interior do estado e o x-mico, um sanduíche de pão e banana.

 

''Hoje, quero é jogar futebol'', revela o procurador no documento, que veio a público pelo jornal O Globo nesse fim de semana.

 

Celso Três propõe no ofício resolver o caso com acordos com os suspeitos, encerrando a investigação, porque acredita que ''Procurador(a) não mete medo em delinquente algum, especialmente do colarinho branco. Está na cara''.

 

Ao jornal fluminense, o procurador Celso Três tentou se explicar, alegando que a intenção foi ''viabilizar'' a Operação Greenfield, cujo objetivo anunciado é recuperar mais de R$ 11 bilhões. Três foi o único procurador que se colocou à disposição para assumir o caso, mas bastou um mês pra mudar de ideia.

audima