Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2020

Candidatos à PBH expõem propostas para gerar emprego e renda

Para impulsionar a economia de Belo Horizonte, candidatos a prefeito da capital mineira acreditam que, primeiro, é preciso driblar os efeitos financeiros impostos pela pandemia do novo coronavírus. Grande parte deles aponta o apoio a comerciantes e pequenos empreendedores como passo essencial. Nesta quinta-feira, dez postulantes ao Executivo municipal participaram de debate promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O encontro tratou de formas para desenvolver a cidade em termos econômicos.




Segundo Áurea Carolina (Psol), 95% dos postos de trabalho da cidade são gerados por pequenos comerciantes. Ela propõe a integração do setor às ferramentas tecnológicas para dar fôlego à área. A deputada federal projetou, ainda, a criação de renda básica para otimizar a geração de renda e a desburocratização dos processos para a abertura de negócios.

"Além de desburocratização, propomos uma renda solidária, para que haja dinamização econômica, garantindo que nenhuma família de Belo Horizonte receba menos de R$ 600 por mês", afirmou.

Cabo Washington Xavier, do PMB, e Wadson Ribeiro, do PCdoB, defenderam a concessão de linhas de crédito a pequenos empresários seriamente afetados pela pandemia. O policial militar quer apoio dos governos estadual e federal, além de organismos estaduais, para pôr de pé a ideia. Xavier falou, ainda, em criar um banco municipal de desenvolvimento e dar forma à versão belo-horizontina do auxílio emergencial.





"É importante para as pessoas que perderam seus empregos, mas não sabem fazer outra coisa", explicou.

Wadson quer garantir empréstimos sem juros, de até R$ 3 mil, a trabalhadores informais. "Isso é importante pois os trabalhadores informais, muitas vezes, precisam de uma quantia para virar o mês ou a semana", sustentou.

A atração de indústrias está na mira de Luísa Barreto (PSDB), embora ela reconheça as limitações territoriais. A tucana pensa em articular, junto aos municípios da Região Metropolitana, formas de alocar fábricas em cidades vizinhas.

"O emprego criado em um município vizinho gera outros empregos e renda em Belo Horizonte e Contagem", argumentou, dizendo que BH deve "liderar" a busca pela instalação de indústrias em seu entorno.





Bruno Engler (PRTB) voltou a clamar pelo fim das medidas restritivas tomadas ante a pandemia. "Queremos, em Belo Horizonte, o comércio aberto, para que ele possa se reestruturar e gerar emprego".

Candidatos querem diálogo


Parte dos presentes ao debate teceu críticas ao prefeito Alexandre Kalil (PSD). O combate à pandemia foi citado, mas o Plano Diretor sancionado no ano passado também esteve em pauta.

"A construção civil estagnou. A aprovação do Plano Diretor foi de cima para baixo", falou Professor Wendel Mesquita (Solidariedade), sugerindo pouca participação popular no processo.





Marcelo Souza e Silva, do Patriota, por seu turno, defendeu conversas com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador Romeu Zema (Novo) para, por exemplo, dar forma a obras de infraestrutura.

"Precisamos fazer, em Belo Horizonte, uma articulação para atrair recursos para áreas básicas, como saúde, educação e segurança".

Rodrigo Paiva (Novo) mencionou a necessidade de apoiar a indústria criativa, representada por setores como a cultura.

"Vou trazer a renda e unir a iniciativa privada, para que projetos culturais sejam autosustentaveis", vislumbrou. 

Divergências sobre educação


Houve tempo, também, para discordâncias entre Lafayette Andrada (Republicanos) e Wanderson Rocha (PSTU). Bolsonarista, o deputado federal defendeu a implantação de escolas cívico-militares.





"As escolas militares, no Brasil todo, são sempre muito bem avaliadas. Atribuo isso, em certo aspecto, à questão da disciplina.  Sem disciplina, não é possível passar o conteúdo. Precisamos, também, tornar o ensino algo prazeroso para alunos e professores", opinou. 

Descontente com a fala do rival, Wanderson rebateu: "Escola não é quartel. Professor não é soldado. Cada um em sua competência", disse, cobrando investimento de verbas públicas no setor.

Ausente, João Vítor Xavier (Cidadania) alegou ter compromisso agendado anteriormente. Infectado pela COVID-19, Fabiano Cazeca (Pros) segue em tratamento medico. Além de Kalil, Nilmário Miranda (PT) e Marília Domingues (PCO) não justificaram as faltas.



Primeiro turno de votação nas eleições 2020 será em 15 novembro. Confira nosso guia

Eleições 2020: como votar, datas e horários

O primeiro turno das eleições 2020 será em 15 de novembro e, caso seja necessário no seu município, o segundo turno será realizado em 29 de novembro de 2020. Nestas eleições, o horário de votação é das 7h às 17h. O horário entre 7h e 10h é preferencial para maiores de 60 anos.

Com as novas medidas diante da pandemia do coronavírus, preparamos um guia com tudo que você precisa saber para votar nas eleições 2020.

O que muda nas eleições 2020?

Muitas mudanças foram feitas pela Justiça Eleitoral para os candidatos a prefeito e vereador durante o período eleitoral de 2020. Além disso, os eleitores também terão de se adaptar às novas normas para os dias de votação, como a abertura antecipada das seções eleitorais e as regras de higiene que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  


Como justificar o voto nas eleições 2020?

Os eleitores poderão optar por justificar o voto de três formas: 
  • No dia das eleições: o eleitor que estiver fora de sua cidade pode justificar a ausência em qualquer local de votação, das 7h às 17h. O eleitor deverá ter o número do título, um documento oficial de identificação e o formulário de justificativa preenchido.



  • Depois das eleições: preenchendo o formulário de justificativa em qualquer cartório eleitoral ou posto de atendimento ao eleitor em até 60 dias após a votação.

  • A justificativa também poderá ser feita pelo celular no aplicativo e-Título.

Eleições 2020 em Belo Horizonte

Na capital mineira, 15 candidatos disputam as eleições para prefeito. Conheça quem são os candidatos e o perfil de cada na corrida rumo à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Já para vereador, Belo Horizonte conta com mais de 1,5 mil candidatos. Alguns apostaram em apelidos e codinomes bem inusitados para conseguir votos.



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