Todos os outros quatro países que fazem fronteira com a Bolívia – Argentina, Chile, Paraguai e Peru – já tinham parabenizado o candidato do Movimento Para o Socialismo (MAS) no início da semana, já que projeções feitas na segunda-feira o apontavam como vencedor.
Na nota, o Brasil parabenizou a Bolívia pela eleição "em clima de tranquilidade e harmonia". Também ressaltou a participação da OEA, do Parlasul, da União Europeia, das Nações Unidas, da Uniore e do Instituto Carter Center no processo, afirmando que esses órgãos contribuíram para "afiançar a legitimidade e transparência do pleito e garantir que fosse respeitado o desejo soberano do povo boliviano na escolha de seus dirigentes".
Por fim, o governo de Jair Bolsonaro disse estar disposto a trabalhar para implementar "iniciativas de interesse comum" com o país vizinho.
Luis Arce, candidato do partido do ex-presidente Evo Morales, venceu as eleições em primeiro turno com 55% dos votos. Carlos Mesa, o segundo, ficou com 28,8%. Entre os bolivianos que votam no Brasil, 86,3% escolheram Arce.
Morales fugiu do país após um golpe da extrema-direita, que o acusou de fraude no pleito eleitoral de 2019. Posteriormente, essa acusação não se comprovou.
Após o resultado das eleições, o ex-presidente disse que pretende retornar à Bolívia, mas não adiantou a data. "Ainda não está programado meu retorno à Bolívia", disse Morales.