O Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça do Senado lançou a exposição virtual "Heroínas Negras e Indígenas do Brasil". Sucesso nas redes sociais, a mostra faz referência ao Dia Internacional da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, e homenageia a memória das mulheres negras e indígenas que contribuíram para a construção da história brasileira.
De acordo com os organizadores, parte da seleção das personalidades para a exposição foi pautada no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, também conhecido como Livro de Aço, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Histórias marcantes
A vida de algumas das homenageadas se confunde com a própria história do Brasil. Como Dandara dos Palmares. Mãe de trê filhos, ela lutou pela libertação de negras e negros na época da escravidão, liderando mulheres e homens e salvando milhares de vidas. A ex-escrava era esposa de Zumbi dos Palmares.
Outro bom exemplo é Margarida Maria Alves. Ela esteve à frente de 600 ações trabalhistas e realizou diversas denúncias na época da ditadura militar. Conhecida pela frase "É melhor morrer na luta do que morrer de fome", Margarida fundou o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural.
A vereadora Marielle Franco é outra personalidade na lista. Negra, mãe e cria da favela da Maré, no Rio, ela era socióloga e foi eleita vereadora no Rio de Janeiro pelo PSOL, com 46.502 votos, mas em 14 de março de 2018 foi brutalmente assassinada. O carro em que estava foi alvejado com 13 tiros, matando também o motorista Anderson Pedro Gomes.
Depois do assasinato, Marielle se transformou em bandeira da luta das mulheres negras no Brasil.
25 de julho
O Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha é fruto do primeiro encontro organizado por elas na República Dominicana em 1992.
Já no cenário nacional, é celebrado em 25 de julho o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, instituído pela Lei 12.987/ 2014. Teresa foi líder quilombola do século 18 e tornou-se ícone da resistência e luta antiescravista.
Exposição
Para conferir exposição, basta entrar no Twitter do Senado Federal (@SenadoFederal) ou conferir abaixo a íntegra:
O Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça do Senado organizou uma a exposição virtual Heroínas Negras e Indígenas do Brasil. Siga o fio para conhecer as 27 mulheres apresentadas na exposição. pic.twitter.com/lZx0ecMGpz
%u2014 Senado Federal (@SenadoFederal) July 29, 2020
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina